Mauro lamenta baixa adesão às vacinas infantis após novo caso de sarampo em VG
Redação
Baixa adesão
O governador Mauro Mendes (União) demonstrou preocupação com a queda na cobertura vacinal em Mato Grosso, após a confirmação de um caso positivo de sarampo em Várzea Grande. Em declaração feita nessa quinta-feira (09.10), Mendes afirmou que a população “parece ter perdido o interesse em vacinar os filhos”, o que tem contribuído para o retorno de doenças já erradicadas no país.
“Estamos redobrando as campanhas de vacinação. As pessoas parecem que perderam um pouco o interesse em vacinar seus filhos. É muito lamentável. A vacinação é uma responsabilidade dos municípios e dos pais, que devem levar seus filhos”, disse o governador. Ele afirmou ainda que o governo estadual pretende cobrar mais empenho dos municípios, mas ressaltou que o maior desafio é convencer as famílias a retomarem o hábito de vacinar.
Enquanto o governo reforça a necessidade de imunização, a Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande informou que outros quatro casos suspeitos estão em investigação. Entre os seis exames analisados, um apresentou resultado reagente para IgM — anticorpo que indica infecção recente. A confirmação definitiva dependerá do resultado do IgG, que comprova a imunidade adquirida após o contato com o vírus.
O alerta em Várzea Grande cresce à medida que a cobertura vacinal infantil segue abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde. No último sábado (04), duas crianças — uma de 1 ano e outra de 5 — foram atendidas no Pronto-Socorro Municipal com febre e manchas avermelhadas. Ambas estão em isolamento domiciliar, assim como dois irmãos que apresentaram sintomas semelhantes no início da semana.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), até o dia 3 de outubro foram confirmados três casos de sarampo em Primavera do Leste e um em Tangará da Serra. No total, 70 casos estão sob investigação em todo o estado.
A doença, erradicada no Brasil em 2016, voltou a circular nos últimos anos, impulsionada pela redução nas taxas de vacinação e pela desinformação sobre a importância das vacinas.