Brasil é o campeão em deprimidos na América Latina


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08/11/2023 às 08:45
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Dados

A depressão tem se tornado uma epidemia silenciosa no Brasil, com números alarmantes que a colocam à frente de outros países da América Latina. Segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,8% da população brasileira, o que equivale a 11,7 milhões de pessoas, sofrem de depressão. Esses números são superiores aos de países como Cuba, Barbados, Paraguai, Bahamas, Uruguai e Chile, de acordo com o G1.

Além disso, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos no continente, onde 5,9% da população é afetada por transtornos de depressão. Esse cenário preocupante é agravado por vários fatores que contribuem para a alta incidência de depressão no país.

Um estudo epidemiológico recente do Ministério da Saúde revela que até 15,5% da população brasileira pode enfrentar a depressão pelo menos uma vez na vida. Especialistas destacam os seguintes motivos para essa alta taxa:

1. Dificuldade de acesso a tratamento de qualidade: a rede pública de saúde enfrenta desafios para fornecer tratamento adequado para pacientes com depressão, dificultando o diagnóstico e tratamento precoces.

2. Forte estigma social: a sociedade brasileira ainda lida com estigmas em relação a transtornos mentais, o que desencoraja as pessoas a buscar ajuda e leva ao diagnóstico tardio.

3. Falta de protocolo de atendimento: A falta de um protocolo de atendimento padronizado para a depressão na rede pública de saúde torna o tratamento menos eficaz.

Mulheres são as mais afetadas pela depressão, apresentando duas vezes mais chances de serem diagnosticadas com a doença do que os homens. Além disso, idosos e adultos jovens (18 a 29 anos) são mais propensos a desenvolver depressão.

O estigma e a falta de atendimento especializado são barreiras significativas para aqueles que sofrem de depressão no Brasil. Para combater esse problema, várias iniciativas, incluindo campanhas contra a psicofobia e um aumento no investimento em saúde mental, estão sendo implementadas.

O governo brasileiro está trabalhando para melhorar o atendimento em saúde mental e investiu mais de R$ 200 milhões em 2023 na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que inclui Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT). No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para atender às necessidades de todos os brasileiros afetados pela depressão.

Além disso, é fundamental conscientizar a sociedade sobre a importância da saúde mental e combater o estigma que cerca os transtornos mentais. Somente abordando essas questões de frente e fornecendo tratamento acessível e de qualidade, o Brasil poderá enfrentar a epidemia de depressão que afeta milhões de seus cidadãos.

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