Mato Grosso intensifica ações contra a sífilis e a sífilis congênita
Redação
Outubro Verde
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) mobiliza os municípios para intensificar, ao longo de outubro, as ações de prevenção e combate à sífilis e à sífilis congênita. A iniciativa faz parte da campanha Outubro Verde, que neste ano traz o slogan “O Diagnóstico Precoce é o Primeiro Passo para a Cura”.
O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita será celebrado no próximo dia 18. Segundo a técnica da SES, Queli de Oliveira, a doença é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, curável com o tratamento adequado. “É essencial que as pessoas façam o teste rápido gratuito e, em caso positivo, iniciem imediatamente o tratamento, evitando complicações graves, inclusive em recém-nascidos”, reforçou.
Em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, a SES disponibiliza preservativos, testes rápidos e penicilina nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Entre outubro e novembro, serão realizadas reuniões virtuais com representantes das 16 regiões de saúde para alinhar estratégias de diagnóstico e tratamento.
As ações incluem campanhas educativas em escolas, busca ativa de gestantes em atraso no pré-natal, testagem em empresas, garimpos e casas noturnas, além de dias D em assentamentos e UBSs. Também estão previstos simpósios, capacitações e mobilizações comunitárias. “Nosso objetivo é incentivar a testagem, rastrear casos e reforçar o tratamento oportuno. Só assim poderemos reduzir os índices da doença no estado”, destacou a SES.
Os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostram avanço preocupante:
2023: 3.718 casos de sífilis adquirida; 1.853 em gestantes; 278 congênita em menores de 1 ano.
2024: 4.025 casos de sífilis adquirida; 2.243 em gestantes; 359 congênita em menores de 1 ano.
De janeiro a setembro de 2025: 2.620 casos de sífilis adquirida; 1.411 em gestantes; 247 congênita em menores de 1 ano.
A SES reforça a importância da notificação compulsória pelos profissionais de saúde, medida considerada fundamental para rastrear a transmissão e orientar políticas públicas de enfrentamento.