Mauro atribui atrasos do BRT e de outras obras à falta de mão de obra na construção civil
Redação
OBRAS
O governador Mauro Mendes (União) voltou a justificar os atrasos no BRT entre Cuiabá e Várzea Grande, além de outros empreendimentos estaduais, pela escassez de trabalhadores no setor da construção civil em Mato Grosso. Segundo ele, a situação compromete o desempenho das empresas contratadas e resulta em atrasos generalizados.
“Todas as obras do governo, salvo raras exceções, estão com problema de performance por conta da falta de mão de obra. Me dê uma obra que não está atrasada? Essa é a dura realidade”, afirmou Mendes.
De acordo com o governador, muitas construtoras têm buscado mão de obra em outros estados, especialmente no Nordeste, mas enfrentam dificuldades em manter os trabalhadores em Mato Grosso. “O cara vem, fica 10 ou 15 dias e vai embora, não quer ficar. Existe um problema grave de falta de mão de obra”, disse, acrescentando que já houve rescisão de contratos por causa do baixo desempenho.
Mendes também citou a possibilidade de ampliar o uso de detentos em atividades da construção civil, mas destacou que a lei não obriga os presos a trabalharem. Atualmente, cerca de 250 detentos exercem atividades, o que representa apenas 10% a 15% da população carcerária.
Por fim, o governador afirmou que vem pressionando as empreiteiras para que melhorem seus resultados: “O governo está apertando as construtoras. Se criticar resolvesse, eu faria isso o dia inteiro. Mas o que estamos fazendo é trabalhar com seriedade para resolver problemas”.