Abilio confirma PPP para gestão de escolas e descarta revisão da proposta
Redação
PRIVATIZAÇÃO
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), confirmou que a proposta de implantação de uma parceria público-privada (PPP) para a gestão das escolas municipais não será revista. Segundo ele, o modelo já está em fase de estruturação e terá foco exclusivo na infraestrutura das unidades, sem interferência no calendário pedagógico ou na contratação de professores.
De acordo com Abilio, caberá às empresas privadas a responsabilidade pela manutenção predial, limpeza e aquisição de insumos, enquanto a Secretaria Municipal de Educação seguirá responsável pelo ensino e pela formação de profissionais. “Está definido que vai haver esse projeto de privatização da gestão escolar. Isso está sendo modelado, com termos de referência e processo licitatório. Não interfere no pedagógico. Trata apenas da gestão das unidades”, afirmou o prefeito durante audiência pública com o Sintep, na Câmara Municipal, na última terça-feira (9).
Representantes do Sintep-MT criticam a medida, apontando risco de precarização do ensino público. Abilio, por outro lado, rebateu as críticas e acusou o sindicato de “militância política”. “Gestão de prédio, limpeza e manutenção não têm nada a ver com pedagogia. O pedagógico é a formação e qualificação dos profissionais. Não podem inventar desculpas para militância político-partidária”, disse.
Segundo o prefeito, a mudança busca eficiência administrativa e economia de recursos, que poderão ser redirecionados para reforço no aprendizado dos alunos em áreas como alfabetização, matemática, língua portuguesa, história e ciências. “Queremos economizar com a gestão escolar, trazendo mais eficiência via PPP. E o recurso que sobrar será aplicado na melhoria do ensino e em aulas de reforço”, explicou.
Abilio citou experiências em cidades de São Paulo, Santa Catarina e Paraná como referência para o modelo que pretende adotar em Cuiabá. Ele defendeu que a proposta é legal, sustentável e permitirá que a Prefeitura concentre esforços na qualidade do ensino. “O município vai deixar de se preocupar com manutenção de prédios e vai se dedicar à formação dos alunos. O retorno é muito bom”, concluiu.