Pivetta reconhece críticas de Abilio, mas defende avanços na educação de MT
Redação
Gestão
O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) afirmou que a educação brasileira passa por um processo de “deterioração” desde o fim do regime militar. A declaração foi feita ao comentar críticas do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), que apontou precariedade no sistema nacional de ensino ao analisar o desempenho de Mato Grosso no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Segundo Abilio, o fato de Mato Grosso estar atualmente na 8ª colocação do ranking do Ensino Médio não representa sucesso do Estado, mas sim reflexo da fragilidade da educação no Brasil, já que em 2021 a posição era a 19ª.
Pivetta reconheceu parte das críticas. “Ele [Abilio] não deixa de ter razão. A educação no Brasil foi ao longo do tempo destruída. Isso aconteceu depois do regime militar, nós assistimos isso. Em alguma medida, ele tem razão”, afirmou.
Apesar disso, o vice-governador destacou que o foco deve ser em soluções práticas. “Não é com narrativas que vamos resolver o problema, é com trabalho. Estamos melhorando o sistema continuamente, fazendo investimentos, motivando professores, qualificando continuamente e criando energia positiva dentro das escolas. Não tem outro caminho”, completou.
Pivetta também ressaltou que, após anos de falta de entrosamento entre Governo do Estado e Prefeitura, a nova fase de conciliação deve ajudar na evolução dos índices. Ele relembrou ainda a experiência de quando foi prefeito de Lucas do Rio Verde, modelo que pretende expandir para todo o Estado.
Outro ponto defendido pelo vice-governador foi a implantação de escolas cívico-militares. A Assembleia Legislativa já aprovou lei que permite a adoção desse modelo em unidades estaduais, prática que, segundo ele, tem sido ampliada pela gestão em Mato Grosso.