Casos Arquivados” leva história e ficção às telas com identidade mato-grossense
19/08/2025 às 16:58
Redação
Minissérie “Portão do Inferno
Redação
Minissérie “Portão do Inferno
As filmagens da minissérie Portão do Inferno – Casos Arquivados já estão em andamento, trazendo para o audiovisual uma narrativa que mistura investigação histórica, ficção e a estética cultural de Mato Grosso. A produção foi contemplada no edital Cinemotion Audiovisual da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel), por meio da Lei Paulo Gustavo, e está sendo gravada integralmente em Cuiabá e Chapada dos Guimarães, com elenco e equipe majoritariamente locais.
Com quatro episódios e estreia prevista para dezembro deste ano, a obra recria crimes reais dos anos 1940 a partir de arquivos históricos, conectando-os a tempos atuais em uma linguagem não linear, que entrelaça passado e presente em um enredo sombrio e político. As locações incluem casarões históricos de Cuiabá, trechos da estrada para Chapada e áreas às margens do Rio Coxipó.
O roteirista Jefferson Neves, autor do livro homônimo que inspira a minissérie, destaca o caráter enraizado da produção: “Queremos que o público sinta cheiro de terra, de rio, de Centro Histórico. Que reconheça sons e lugares, mas também se surpreenda com a ousadia da linguagem e com a força poética de quem cria a partir da margem”.
Dirigida pelo cineasta mato-grossense Luiz Marchetti, a obra aposta em uma atmosfera barroca e noturna para explorar temas como justiça, memória e identidade social. O elenco reúne nomes consagrados da cena cultural local — Vera Capilé, Ilto Silva, Maria Clara Bertulio, Millena Machado, Bia Corrêa e Carolina Argenta — além da participação especial da atriz Maria Zilda, referência nacional no cinema e na televisão.
Para Marchetti, a minissérie vai além do entretenimento: “É uma obra que atravessa linguagens e propõe uma escuta sensível do território. É sobre o que foi apagado, mas também sobre o que resiste. O audiovisual, quando feito com profundidade e conexão com o lugar, pode ser um catalisador de memórias e futuros”.
A exibição será gratuita, em data a ser anunciada, fortalecendo a circulação da cultura mato-grossense e ampliando o diálogo entre público e produção local.
