Insônia na menopausa: entenda por que a qualidade do sono é afetada


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23/10/2023 às 09:53
Metrópoles

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Não há quem tenha um dia cheio de disposição e ânimo depois de uma noite de sono perdida. Para cerca de 60% das mulheres, a insônia é uma realidade diária no período do climatério, conhecido popularmente como menopausa.

“Nessa fase, é comum que quem não tinha dificuldade para dormir, passe a apresentar, e quem tinha, veja o quadro piorar”, afirma a ginecologista Helena Hachul, do Instituto do Sono.

A insônia acontece pela queda na produção dos hormônios estrogênio e progesterona durante a pré-menopausa e na menopausa, períodos que marcam a transição para o fim da idade fértil.

A ginecologista, obstetra e especialista em reposição hormonal Maria Carolina Dalboni, do Rio de Janeiro, explica que a deficiência desses hormônios afeta a produção da melatonina e do cortisol, intimamente relacionados ao sono.

A dificuldade para dormir também está relacionada ao surgimento de sintomas vasomotores da menopausa que afetam a qualidade do sono. Exemplos bem conhecidos são as ondas de calor (fogachos) e o suor noturno.

“Além do desequilíbrio hormonal, que causa insônia, elas têm sono picado durante a noite e não conseguem dormir novamente”, afirma Maria Carolina.

A perturbação do sono junto com a variação hormonal tem um efeito cascata. Ele pode afetar o humor ao longo do dia, prejudicar a concentração em atividades básicas e a capacidade de julgamento, levar à irritabilidade extrema causando ansiedade e depressão.

Como saber se a insônia é causada pela menopausa

Pode ser difícil para algumas mulheres identificar se a insônia é causada pela menopausa ou por outros fatores, como dificuldades vividas no dia a dia ou condições clínicas que podem levar à perturbação do sono.

Uma forma de diferenciar, de acordo com Helena, é avaliar se a mulher tem os outros sintomas característicos do climatério.

Entre eles, destacam-se: ondas de calor, irritabilidade, queixas de humor, falta de atenção e alterações do corpo (como secura vaginal, perda óssea e alteração cardiovascular e de colágeno) que ocorrem a curto, médio e longo prazo.

  • Fazer a higiene do sono, criando uma rotina relaxante antes de dormir;
  • Tentar controlar as situações de estresse e as preocupações buscando estratégias como a prática de ioga, exercícios e terapia;
  • Reduzir a ingestão de álcool;
  • Evitar cafeína antes de dormir;
  • Evitar o tabagismo;
  • Praticar exercícios físicos regularmente pela manhã para evitar a produção do cortisol à noite;
  • Evitar refeições pesadas ??ou picantes antes de dormir;
  • Reposição hormonal quando tiver indicação médica.

“A reposição da progesterona à noite aumenta a produção do neurotransmissor Gaba para deixar a paciente mais relaxada, sendo um indutor do sono”, detalha a ginecologista Maria Carolina.

O tratamento pode ser conciliado com o uso da melatonina e outros suplementos com substâncias que acalmam, como o magnésio, a vitamina B6 (piridoxina), o chá de mulungu e de melissa.

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