Mato Grosso se destaca na exportação de carne com status sanitário internacional
Redação
REFERÊNCIA
Mato Grosso se consolida como protagonista na abertura de novos mercados para a carne brasileira. A avaliação é do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, que destacou, em entrevista ao programa Tribuna da Rádio Vila Real nesta terça-feira (31/07), o papel estratégico do Estado no reconhecimento do Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação — um passo decisivo para a exportação de carne ao Japão.
A discussão ganhou fôlego após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar um decreto impondo tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, incluindo a carne. Em meio às tensões comerciais, a certificação sanitária de Mato Grosso se apresenta como diferencial competitivo essencial para o Brasil seguir expandindo sua atuação no comércio internacional.
Durante a 92ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em maio, em Paris (França), Mato Grosso recebeu oficialmente o mais alto reconhecimento sanitário no setor: zona livre de febre aftosa sem vacinação. O status abrange a cadeia produtiva de bovinos, bubalinos e suínos.
“O governo Mauro Mendes e o vice-governador Otaviano Pivetta, junto com o setor privado, investiram mais de R$ 100 milhões nos últimos seis anos para alcançar esse patamar. Realizamos concursos públicos no Indea, promovemos informatização, treinamentos e capacitações. Tudo isso tem sido fundamental para garantir competitividade e acesso a novos mercados”, afirmou César Miranda.
Frente aos desafios globais, o secretário reforçou que Mato Grosso tem buscado fortalecer sua imagem internacional por meio de investimentos contínuos em promoção comercial e atração de investimentos. Ele citou como exemplo a criação da agência Invest MT.
“Há seis anos, participamos de feiras internacionais e articulamos com setores econômicos organizados. Agora, com a Invest MT, damos um novo passo. Trata-se de uma agência com perfil inovador, um serviço social autônomo gerido pelo setor privado. O governo participa, mas tem papel minoritário no conselho. As decisões estão nas mãos de quem movimenta a economia”, finalizou.