CPI do Estacionamento pode ampliar investigação após denúncia de Emanuel
Redação
INVESTIGAÇÃO
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estacionamento Rotativo da Câmara de Cuiabá analisa um requerimento apresentado pelo ex-prefeito Emanuel Pinheiro que pode ampliar o escopo da investigação. O pedido aponta suposta ocupação irregular de área pública no Mercado Municipal Miguel Sutil pelo Sindicato dos Bancários (SEEB-MT), à época presidido pelo vereador Dilemário Alencar (União Brasil), atual relator da CPI.
Segundo Emanuel, o sindicato teria se apropriado indevidamente de cerca de 100 m² entre 1992 e 1998. Ele afirmou que o caso chegou à Justiça, mas não teve desfecho conhecido. A denúncia foi feita durante sua oitiva na CPI, na segunda-feira (7).
A CPI, criada para apurar irregularidades no contrato de R$ 130 milhões firmado entre a Prefeitura e a CS Mobi, avalia agora se os fatos envolvendo o SEEB-MT têm conexão com o objeto principal da investigação.
Em resposta, Dilemário negou a acusação e afirmou que a área foi legalmente doada em 1965 a uma cooperativa de consumo, e não ao sindicato. Ele acusou Emanuel de disseminar fake news e afirmou que levará o caso ao Ministério Público.
Além disso, o relator propôs uma acareação entre Emanuel, o ex-procurador-geral Benedicto Calix Filho e o ex-fiscal Clóvis de Oliveira, por apresentarem versões divergentes. A CPI também pode convocar o ex-secretário Francisco Vuolo, citado por Pinheiro como contrário ao contrato com a CS Mobi.
O colegiado tem 120 dias para concluir os trabalhos.