Como a falta de cordialidade na comunicação pública pode sabotar uma gestão municipal


03/01/2025 às 10:29
Larissa Malheiros

Artigo

O cargo de Secretário(a) de Comunicação de um município desempenha um papel crucial como mediador entre a prefeitura e a sociedade, mas, em muitos casos, esse papel é negligenciado por falta de postura adequada no trato com a imprensa. Uma Secretaria de Comunicação municipal despreparada põe em risco o maior bem da democracia: o diálogo.

Um secretário ou secretária que age com descortesia, má educação ou repulsa à imprensa fere diretamente os princípios democráticos, já que a imprensa é uma ferramenta vital para garantir a transparência e o acesso da população às informações sobre as ações do executivo municipal.

Uma gestão que se preze entende que um bom relacionamento com a imprensa não é apenas desejável, mas estratégico. A imprensa é responsável por transmitir informações vitais para a população e garantir que as políticas públicas sejam compreendidas e fiscalizadas.
 
Quando o responsável pela comunicação da prefeitura falha em cultivar essa relação de forma respeitosa e profissional, prejudica não apenas o fluxo de informações, mas também a imagem da própria administração, que passa a ser vista como fechada, autoritária e desconectada da sociedade.

A agressividade ou grosseria de um(a) Secretário(a) de Comunicação não tem lugar em um cargo que exige sensibilidade, equilíbrio e uma postura aberta ao diálogo. A imprensa não é inimiga a ser combatida, mas uma aliada na construção de uma gestão transparente e verdadeiramente republicana. 

Para que a saúde democrática de um município seja preservada, é essencial que a comunicação pública seja conduzida com inteligência, cordialidade e respeito. Toda prefeitura minimamente inteligente sabe que a confiança da imprensa é um ativo poderoso e que, sem ela, perde-se a boa conexão com a sociedade que se pretende governar com eficiência.

Portanto, se a comunicação pública municipal – o domínio político-administrativo mais próximo do povo – se fecha eventualmente pelo despreparo de quem está à frente da pasta, o preço dessa incompetência é a relação conturbada entre prefeitura e imprensa. E, assim, os maiores prejudicados são os cidadãos do município.

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