IA identifica riscos de suicídio e automutilação em jovens


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04/09/2023 às 15:39
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Em estudo publicado na revista científica Psychiatry Research, pesquisadores australianos descreveram a invenção de uma inteligência artificial (IA) capaz de identificar os principais fatores que podem prever o risco de automutilação e tentativa de suicídio de um adolescente. A pesquisa vem justamente a tempo do setembro amarelo, voltado à prevenção de suicídios.

Os pesquisadores contaram com um banco de dados que coleta informações de crianças e jovens de toda a Austrália desde 2004. Ao todo, a análise incluiu 2.809 participantes. Desses, 10,5% relataram automutilação e 5,2% relataram tentativa de suicídio pelo menos uma vez nos últimos 12 meses.

O estudo permitiu identificar mais de 4 mil fatores de risco potenciais a partir dos dados, relacionados a áreas como saúde mental, saúde física, interação com outras pessoas e ambiente escolar e doméstico

Para suicídio e automutilação, os fatores de risco mais importantes foram sentimentos relacionados a tristeza, dificuldades emocionais e comportamentais, autopercepções e dinâmica escolar e familiar. Havia também fatores únicos específicos para suicídio ou automutilação.

Conforme aponta o estudo, um preditor único de suicídio foi a sensação falta de controle sobre o ambiente e seu futuro. Já um preditor único de automutilação foi a falta de regulação emocional (ou seja, a capacidade da pessoa de compreender as próprias reações emocionais, buscando enxergar situações da realidade).

Escola e família influenciam na tentativa de suicídio

Outra descoberta do estudo foi a importância da dinâmica escolar e familiar na previsão de tentativas de suicídio e automutilação. “Descobrimos que o ambiente do jovem desempenha um papel maior do que pensávamos. Isto é positivo do ponto de vista da prevenção, porque agora sabemos que podemos fazer mais por estes indivíduos. O apoio dos pais e o apoio escolar são muito importantes", apontam os pesquisadores, em comunicado divulgado pela universidade.

"Precisamos de descobrir como, como sociedade, podemos apoiar a parentalidade e a educação escolar, para proteger a nossa geração mais jovem", completam os cientistas.

A estimativa dos pesquisadores é que, com base nas informações do paciente, o algoritmo pode futuramente calcular uma pontuação para cada pessoa, e isso poderia ser integrado ao sistema de prontuário eletrônico. Assim, o médico poderia recuperar essas informações para confirmar ou ajustar sua avaliação.

No entanto, a própria equipe reconhece que são necessárias mais pesquisas antes que esses modelos possam ser integrados aos cuidados clínicos.

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