Falta de remédios, insumos e infraestrutura, no PS-VG, evidencia cenário de "guerra"


22/11/2024 às 11:06
Redação

Caos na Saúde em VG

A fiscalização do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) identificou graves problemas no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG), incluindo superlotação, falta de médicos, escassez de medicamentos, equipamentos inadequados e infraestrutura precária. A inspeção ocorreu em 11 de novembro, motivada por denúncias sobre condições inadequadas de trabalho e atendimento insuficiente à população.

Os fiscais verificaram que nenhuma área do PSMVG estava em conformidade com a legislação. Na Sala de Estabilização, apenas um ventilador mecânico funcionava, enquanto o outro estava em manutenção. Na Sala Vermelha, destinada a casos graves, 13 pacientes eram atendidos por três plantonistas, que acumulavam funções no Pronto-Atendimento e em emergências. Além disso, quatro médicos visitadores dividiam-se entre os setores críticos.

Nas enfermarias, nas salas de UTI Adultos e na sala de UTI pediátrica/Neonatal encontraram-se irregularidades estarrecedoras.

Na enfermaria Bloco C havia superlotação, com mais de 30 pacientes apinhados numa sala que comporta apenas 20, isso com macas espalhadas ao longo dos corredores. Médicos relataram que máquinas fundamentais, como a de tomografia, estavam quebradas, o que dificultava o diagnóstico de casos graves de acidentes ou incidentes pós-traumáticos.

Por causa deste equipamento quebrado, um paciente que estava internado em estado grave, acabou piorando sua condição, com hemorragia intracraniana. Na UTI ainda havia leitos isolados e interditados por causa de goteiras que caíam do ar-condicionado, e na UTI Adulto 2 a sala estava interditada por falta de cama.

Todavia, o problema mais preocupante é na área de UTI Neonatal/Pediátrica que, quando os fiscais analisavam, constavam apenas quatro crianças, mas a UTI estava suspensa por falta de insumos e medicações e, pior, ainda que tivesse em funcionamento, um dos leitos não poderia ser utilizado por causa de goteiras persistentes.

Os casos mais graves estão sendo encaminhados ao Hospital São Benedito, Em Cuiabá.

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O Vice-presidente do CRM-MT, Osvaldo César Mendes, declarou que a situação do Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande é inaceitável.

“Os problemas que ocorrem na unidade são gravíssimas e comprometem a qualidade do atendimento à população. Vão desde a ausência de profissionais em número insuficiente e chegam à falta da estrutura básica, como medicamentos e outros insumos. Diante do cenário estarrecedor, o Conselho tomará as medidas cabíveis para responsabilizar os gestores que, por ação ou omissão, contribuíram para essa situação lamentável e revoltante”.

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