Campos atribui derrota de Kalil à sabotagem no DAE e operação da Polícia
Redação
Várzea Grande
Deputados aludem que água voltou à normalização nos bairros após eleição
Em um discurso inflamado à imprensa nesta quarta-feira, o deputado estadual Júlio Campos (UB) acusou servidores do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande de sabotarem a administração do ex-prefeito Kalil Baracat (MDB), derrotado nas últimas eleições pela candidata bolsonarista Flávia Moretti (PL). Segundo Campos, a regularização do abastecimento de água na cidade após as eleições é uma prova da sabotagem.
"Por incrível que pareça, Várzea Grande está tendo água o dia inteiro agora. Foi só passar a eleição, o Kalil perdeu, os funcionários do DAE resolveram abrir as torneiras e entregar água à população", disse Campos. A falta d’água é uma questão histórica na cidade e frequentemente apontada como responsabilidade da Família Campos, que já governou a cidade e o Estado de Mato Grosso, sem solucionar o problema.
A crítica à gestão de Baracat também foi central na campanha de Flávia Moretti, que defendeu a privatização do DAE-VG e, após eleita, já iniciou tratativas com a concessionária Águas Cuiabá para implantar mudanças. A tensão na autarquia se intensificou duas semanas antes das eleições, quando a Polícia Civil deflagrou a Operação Gota d’Água, visando desarticular uma suposta organização criminosa no DAE, resultando na prisão do diretor da unidade, Alessandro Macaúbas, e do vereador Pablo Pereira (UB). O rombo aos cofres públicos é estimado em R$ 11,3 milhões.