Operação Bilanz: juiz não descarta novas prisões em investigação de fraude na Unimed
Redação
Operação Bilanz
Justiça libera alvos da Operação Bilanz, mas investigações sobre rombo milionário continuam
Na noite desta quarta-feira (30), o juiz federal Jeferson Schneider autorizou a soltura de cinco ex-diretores da Unimed Cuiabá após considerar que as prisões realizadas mais cedo haviam cumprido seu propósito inicial. No entanto, ele destacou que as investigações continuam, não descartando novas prisões caso surjam novos elementos.
"Os fatos apurados são graves, porém nenhum elemento concreto ou suficientemente grave, na assentada da audiência de custódia, foi apresentado que coloque em risco a investigação, a instrução processual e a aplicação da lei penal, o que não significa, insisto novamente, que com a continuidade e o aprofundamento das investigações o cenário não possa mudar, justificanto até mesmo a medida extrema", escreveu. Schneider ressaltou que o propósito da prisão temporária foi permitir a coleta de provas e uma análise preliminar dos materiais apreendidos.
A Operação Bilanz, coordenada pela Polícia Federal, apura um rombo de aproximadamente R$ 400 milhões, apontando indícios de fraudes contábeis que teriam mascarado o déficit financeiro da operadora de saúde. Documentos com supostas irregularidades foram enviados à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ocultando as verdadeiras condições financeiras da empresa.
Durante a operação, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em várias localidades, e a análise inicial dos materiais coletados não indicou necessidade de extensão das prisões temporárias, segundo o juiz.
Os investigados, incluindo ex-diretores e o ex-CEO da Unimed Cuiabá, foram liberados, mas continuam sob investigação. O Ministério Público Federal (MPF) solicitou o afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal, e o sequestro de bens dos envolvidos para dar continuidade ao processo.