MT teve mais de 100 mil hectares devastados por fogo e extração de madeira em agosto, diz Imazon


Foto: Greenpeace  - Foto: Foto: Greenpeace Com mais de 100 mil hectares e 38% de área total da Amazônia deteriorada, Mato Grosso foi o segundo estado que mais foi degradado, no mês de agosto, em todo o Brasil
29/10/2024 às 16:04
Redação

Greenpeace

Com mais de 100 mil hectares e 38% de área total da Amazônia deteriorada, Mato Grosso foi o segundo estado que mais foi degradado, no mês de agosto, em todo o Brasil, segundo um levantamento realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O número é quase 20 vezes maior do que o registrado em 2023, quando 5,5 mil hectares foram degradados.

A quantidade de área degradada se caracteriza pela perda parcial da cobertura vegetal, que ocorre pelo fogo ou extração de madeira. Somente em agosto, foram contabilizados mais de 13,6 mil focos de queimadas, superando os números somados de janeiro a julho deste ano.

O estado líder que mais teve concentração de áreas degradadas foi o Pará, com 127 mil hectares devastados, e responsável por 45% do total afetado. No estado, a degradação foi oito vezes maior do que em agosto do ano passado.

De acordo com o Imazon, a Amazônia teve 287 mil hectares degradados em agosto deste ano, o que é 11 vezes maior do que o detectado no mesmo período do último ano, quando mais de 25 mil hectares foram deteriorados. Conforme a organização, agosto foi o terceiro mês consecutivo de alta na área de floresta degradada na região.

Além disso, a manipulação nas terras indígenas também apresentou um crescimento alarmante, passando de 1,500 hectares em agosto de 2023 para 97,200 hectares em agosto de 2024, quase 65 vezes mais.

Os estados do Pará e de Mato Grosso lideraram o ranking das 10 terras indígenas mais afetadas. O topo ficou com o território paraense Kayapó, que concentrou quase 40% da área total degradada em terras indígenas. Por outro lado, Mato Grosso ocupou o segundo, o terceiro e o quarto lugar, com os territórios Sararé, Capoto/Jarina e Aripuanã. Ao todo, no estado, 46,100 hectares foram devastados

O desmatamento também cresceu pelo terceiro mês consecutivo. Os dados do Imazon apontam que foram desmatados 66,2 mil hectares, o que equivale à destruição de aproximadamente 2.135 campos de futebol por dia de floresta. Em comparação com agosto do ano anterior, o aumento foi de 17%. Porém, ao observar a série histórica para o período, esse foi o segundo menor território desmatado desde 2018.

No mês que inicia o calendário de desmatamento de 2025, que vai de agosto de 2024 a julho de 2025, os estados com maior devastação foram Pará (43%), Amazonas (21%) e Acre (19%). Juntos, eles concentram 83% de toda a derrubada na região. Nove dos dez municípios mais críticos estão nesses três estados, sendo quatro no Pará, três no Acre e dois no Amazonas.

No ranking dos dez assentamentos mais desmatados, cinco estão no Pará e cinco no Amazonas. Em relação às unidades de conservação mais devastadas, seis estão no Pará, três no Acre e uma no Amazonas.

Fonte: g1MT

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