Caso Lula: saiba os cuidados necessários em casos de hematoma cerebral
Redação
Veja
O presidente Lula sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada no final da tarde de sábado (19/10). O acidente doméstico causou um corte e resultou em pelo menos cinco pontos na cabeça.
Devido à lesão, ele cancelou a viagem que faria à Rússia para participar da cúpula dos Brics. De acordo com comunicado divulgado no domingo (20/10) pela Presidência da República, Lula está temporariamente impedido de realizar viagens de longa duração de avião.
Cuidados exigidos por conta do hematoma cerebral
O presidente sofreu um traumatismo craniano após a queda, batendo a parte de trás da cabeça, na região do osso occipital, que fica na transição entre o crânio e a coluna.
Segundo o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, a queda resultou em uma lesão corto-contusa, que combina contusão e um pequeno corte na pele. Enquanto a contusão ocorre devido ao impacto de um objeto não afiado, a lesão corto-contusa resulta em danos adicionais, provocando um corte superficial. Lula também desenvolveu um hematoma cerebral.
“Na base do lobo frontal e do lobo temporal, a base do crânio tem algumas espículas ósseas. O movimento do cérebro nesse ‘chacoalhar’, quando a cabeça bate, pode causar uma lesão nessa região, provocando o sangramento”, explica o especialista.
O quadro, segundo Espíndola, deve ser acompanhado de perto. “Na maioria dos casos, o corpo absorve o sangramento sozinho, sem necessidade de cirurgia, e o paciente não fica com sequelas. Mas é importante monitorar, pois há casos atípicos onde o sangramento pode aumentar, necessitando de cirurgia devido à hipertensão intracraniana”, explica.
Até o momento, o chefe do Executivo está sendo tratado de forma conservadora, apenas sob observação para acompanhar a evolução do quadro.
Como evitar que pessoas idosas sofram quedas?
O neurocirurgião Jamil Faraht, que atua em São Paulo, afirma que a prevenção é sempre o melhor caminho. “Para pessoas idosas, adaptar o ambiente doméstico é essencial, como usar tapetes antiderrapantes, barras de apoio no banheiro e iluminação adequada”, aconselha o médico.
Além disso, o especialista recomenda uma rotina de exercícios leves para fortalecer a musculatura e melhorar o equilíbrio.
“Revisões regulares da medicação também são importantes, pois ajudam a evitar tonturas ou efeitos colaterais que possam aumentar o risco de quedas”, acrescenta Faraht.
Fonte: Metrópoles