Estudo revela vermes tubulares vivendo em ambientes extremos no Pacífico


20/10/2024 às 08:55
Redação

Entenda

Um estudo publicado nesta terça-feira, 15, na revista científica Nature Communications, descreveu o encontro de múltiplos vermes brancos tubulares vivendo nas profundezas da Cordilheira Dorsal do Pacífico leste. A descoberta foi feita pela equipe do Instituto Oceânico Schmidt, e segundo eles os espécimes estavam localizados a 2,5km de distância da superfície e aparentam ter entre 20 e 50 cm de comprimento.

A expedição foi conduzida perto do arquipélago de Galápagos. Os vermes são de coloração branca e foram classificados como parte da espécie Oasisia alvinae e Riftia pachyptila. “Trata-se da primeira vez que animais são escavados de cavidades cheias de fluidos no subsolo marinho de fontes hidrotermais profundas”, disse uma nota do estudo.

Em uma das cavidades, a equipe de pesquisadores encontrou dois machos de Riftia pachyptila com testículos com esperma e duas fêmeas da mesma espécie com gônadas cheias de óvulos, sugerindo que a reprodução pode acontecer abaixo d’ água. A análise também abriu margem para que os pesquisadores criem a hipótese que as larvas dos vermes tubulares se dispersam pelas cavidades – algumas se estabeleceram e cresceram nas rachaduras dela e outras se desenvolveram na própria cavidade.

O ambiente onde os vermes se fixaram são fontes hidrotermais – aberturas no fundo do mar onde placas tectônicas se encontram, por esta razão a água do mar se mistura com o magma abaixo da crosta terrestre criando uma corrente quente. Para entender como eles se instalaram nesses ecossistemas extremos a equipe fez uma série de mergulhos com o auxílio de um robô operado remotamente (o ROV). Segundo a National Geographic, o robô é equipado com braços e foi capaz de levantar as placas de fluido quente (mistura da água do mar com o magma) e revelar a vida abaixo delas.

O achado é um grande salto nos estudos de biologia marítima e sobre o ciclo de vida desses animais extremófilos (microrganismos que sobrevivem em situações extremas). Por fim, os cientistas reforçaram a importância do debate acerca da proteção dos ecossistemas marinhos e contra a exploração humana – os projetos de mineração de cobalto e níquel em alto mar pode oferecer grandes riscos para essas populações.

Fonte: Revista Planeta

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