Relatório aponta que 2023 foi o ano mais seco para os rios do planeta em três décadas
Redação
Veja
De acordo com relatório divulgado pela OMM (Organização Meteorológica Mundial), órgão da ONU (Organização das Nações Unidas), nesta segunda-feira, 7, 2023 foi o mais seco para os rios do planeta em mais de três décadas. O documento também apontou que as geleiras sofreram a maior perda de massa em 50 anos.
Segundo a entidade, 2023 foi o mais quente já registrado e é o segundo ano consecutivo em que todas as regiões que possuem geleiras sofreram com a perda de gelo. De acordo com a organização, os ciclos hidrológicos se tornaram mais erráticos e imprevisíveis, o que pode causar enchentes e períodos de estiagem.
Conforme a ONU, atualmente, 3,6 bilhões de pessoas sofrem com acesso inadequado à água, número que deve subir para 5 bilhões até 2050. De acordo com a OMM, 70% da água que os seres humanos retiram dos sistemas hidrológicos é utilizada na agricultura.
Ainda segundo a entidade, eventos hidrológicos extremos que ocorreram em 2023 são consequência de fenômenos como a La Niña e o El Niño, além das mudanças climáticas induzidas por seres humanos.
“Uma atmosfera mais quente retém mais umidade, o que favorece as chuvas fortes. A evaporação e a secagem mais rápidas do solo pioram as condições de seca”, afirmou Celeste Saulo, secretária-geral da OMM.
De acordo com a autoridade, a água evidencia as mudanças climáticas. “Recebemos ‘sinais de socorro’ sob a forma de chuvas, inundações e secas cada vez mais extremas que causam impactos em vidas, economias e ecossistemas”, afirma Celeste, acrescentando que o derretimento das geleiras ameaça a segurança hídrica a longo prazo. “E, mesmo assim, não estamos tomando as medidas urgentes necessárias.”
Fonte: Revista Planeta