Marburg: o que se sabe sobre vírus com potencial pandêmico
Redação
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Após uma estação de trem de Hamburgo, na Alemanha, ter sido fechada na quarta-feira (2/10) devido à suspeita de que passageiros estariam infectados pelo vírus Marbug, a doença voltou a chamar a atenção da comunidade internacional.
O vírus Marburg pertence à mesma família de patógenos do vírus Ebola. A transmissão acontece principalmente por meio do contato com fluidos corporais de pessoas infectadas, como sangue, saliva e suor. O vírus causa dores musculares, cólicas abdominais, diarreia e vômitos com sangue. Os sintomas geralmente aparecem de forma abrupta.
Surto em Ruanda
De acordo com a OMS, Ruanda, na África, vive pela primeira vez um surto do vírus. Até o fim de setembro, o país tinha relatado 26 casos de infecções pelo Marburg, sendo oito mortes.
Segundo a agência de notícias Deutesche Welle, os alemães com suspeita da doença voltavam de uma viagem à Ruanda e um deles, estudante de Medicina, teria prestado serviço médicos no país.
Nesta sexta-feira (4/10), entretanto, as autoridades de saúde confirmaram que o vírus não foi detectado em nenhum dos dois. De acordo com reportagem do jornal Bild, o rapaz teve contato duas vezes com um paciente em Ruanda que sofria do vírus de Marburg. “De acordo com suas próprias declarações, ele usava equipamento de proteção adequado. A namorada não teve contato com ninguém que estivesse doente”, afirmou o jornal.
Mortalidade de 88%
A doença provocada pelo vírus Marburg é altamente virulenta e a taxa de mortalidade alcança 88%. De acordo com informações sobre a infecção divulgadas pela OMS, os sintomas se manifestam “abruptamente, com febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar grave”.
Em comunicado, a agência internacional de promoção à saúde avaliou o risco do surto de Ruanda como muito alto em nível nacional, alto em nível regional e baixo em nível global.
Potencial pandêmico
O vírus Marburg faz parte de lista de vírus e bactérias com potencial pandêmico. A doença do vírus Marburg é altamente virulenta e causa febre hemorrágica, com uma taxa de mortalidade de até 88%.
Para evitar pandemias como a de Covid-19 e grandes emergências de saúde pública, a Organização Mundial de Saúde (OMS) mantém uma lista de patógenos (vírus e bactérias) que devem ser priorizados para pesquisa e desenvolvimento de vacinas e tratamentos.
Fonte: Metrópoles