Boulos exibe exame toxicológico durante debate e é advertido por César Tralli
Redação
Eleições
Candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), protagonizou uma troca de farpas com Pablo Marçal (PRTB) no debate da Globo, na noite de quinta-feira, 3 de outubro.
Boulos exibiu um exame toxicológico em resposta a acusações. A atitude levou a uma advertência do apresentador César Tralli, que moderava o debate.
O confronto começou quando Marçal, ao falar sobre segurança pública, insinuou que Boulos conhecia “várias biqueiras”, fazendo alusão a acusações de que o candidato do PSOL seria usuário de cocaína. Essas insinuações surgiram em diferentes momentos da campanha eleitoral.
Guilherme Boulos, em resposta, mostrou um exame toxicológico recente, realizado em 2 de outubro, que comprova a ausência de substâncias ilícitas em seu organismo.
“Esse cara não tem moral, não tem ética. Para encerrar de uma vez por todas esse tipo de acusação porque ataca a família. Sou pai de duas filhas e não aceito ser atacado desse jeito. Tá aqui, fiz o exame toxicológico, vai subir na minha rede social. Faça o seu, Marçal, faça o psicotécnico”, afirmou Boulos, sem hesitar ao exibir o documento no palco do debate.
Advertência de César Tralli
Em contrapartida, ao exibir o exame toxicológico, o candidato do PSOL acabou advertido por César Tralli, que reforçou as regras estabelecidas entre as campanhas.
“Candidato, o senhor não pode exibir nenhum panfleto, nenhum papel, nada, segundo as regras assinadas pelas campanhas”, afirmou o jornalista.
A regra, de acordo com o moderador, impede que qualquer candidato utilize materiais de apoio, como documentos ou panfletos, durante o debate ao vivo.
Homônimo de Boulos envolvido em processo
As acusações feitas por Marçal referem-se a um homônimo de Boulos, Guilherme Bardauil Boulos, que é réu em uma ação por posse de drogas.
De acordo com a Folha de S. Paulo, Bardauil também disputa as eleições municipais em São Paulo, concorrendo a uma vaga na Câmara de Vereadores pelo partido Solidariedade.
A confusão entre os dois nomes foi usada diversas vezes durante a campanha como argumento para questionar a integridade do candidato do PSOL.
Boulos, no entanto, sempre negou as acusações e, no debate, fez questão de apresentar o exame toxicológico como prova de sua inocência.
Após o debate, Boulos postou o exame toxicológico em suas redes sociais, cumprindo o que havia prometido durante sua fala ao vivo. O exame, que tem uma janela de detecção de aproximadamente 180 dias, comprovou que o candidato não fez uso de drogas nos últimos seis meses, reforçando sua defesa contra as acusações de Marçal.
Fonte: Ofuxico