632 mil crianças estão na fila por creche no Brasil, segundo levantamento
Redação
Veja
Brasil tem 632.763 crianças na fila de espera por uma vaga em creche. 9 em cada 10 municípios brasileiros possuem crianças nessa situação.
O levantamento, divulgado nesta terça-feira (27), foi elaborado pelo Gabinete de Articulação para a Efetivamente da Educação (Gaepe-Brasil) e pelo Ministério da Educação. Todos os 5.569 municípios e o Distrito Federal responderam à pesquisa, que foi realizada entre os meses de junho e agosto deste ano.
Registro de crianças na fila por vaga em creche por região
- Centro-Oeste - 78.177
- Nordeste - 124.369
- Norte - 94.327
- Sudeste - 212.571
- Sul - 123.319
O estado que tem mais crianças na fila é São Paulo, com 88.854 de 0 a 4 anos nessa situação. Em seguida, Minas Gerais, com 63.470, e Paraná, com 59.3763 crianças na fila.
Pré-escola
O levantamento aponta ainda que 78.237 crianças entre 4 e 6 anos não frequentam a pré-escola no Brasil. Dessas, metade é por falta de vagas.
Segundo a instituição, a pesquisa foi realizada para ter um panorama da situação no país e para "contribuir para a elaboração de um plano de ação nacional efetivo para apoiar as redes no planejamento de expansão do atendimento às crianças na creche e na pré-escola".
De acordo com o levantamento, a taxa de escolarização de 0 a 3 anos no Brasil é 39%, porém essa realidade não é vista em todos os estados. Amapá, o estado com a menor taxa, possui apenas 8% da população nessa faixa etária na escola. São Paulo é o estado com a maior taxa, 51%.
Em 2023, o governo sancionou uma lei que determina que o poder público divulgue lista de espera por vagas em estabelecimentos públicos de educação básica. Porém, o levantamento mostra que 25% dos municípios não divulgam a fila de espera.
O estudo revela ainda como os municípios fazem a comunicação sobre a fila de espera em creches. No estado do Amazonas, por exemplo, 81% unidades escolares registram lista no papel. Enquanto no Rio Grande do Norte, 26% das escolas fazem lista de espera, mas não a comunica à secretaria de educação.
Fonte: g1