Febre oropouche: saiba sobre doença que está crescendo no Amazonas


 - Foto: Divulgação
20/02/2024 às 11:50
Redação

Saúde

O período chuvoso provocou um novo alerta de saúde na cidade Manaus, capital do Amazonas. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) da Prefeitura de Manaus, a cidade registrou até o início de fevereiro deste ano três vezes mais casos de febre oropouche do que no ano passado.

Segundo o boletim mais recente, foram 672 casos de febre oropouche em 2023, enquanto no ano anterior ocorreram 217. A Semsa informou ainda a morte de uma adolescente de 15 anos pela infecção simultânea de oropouche e dengue.

A maioria dos casos de oropouche de 2023 ocorreram no final do ano, de acordo com as estatísticas divulgadas pela Prefeitura de Manaus. Logo, o número de casos da doença aumentou nos últimos meses da região, que nos últimos anos sofreu a maior seca de sua história recente.

Febre oropouche

Devido ao aumento expressivo de registros, a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do estado emitiu um alerta epidemiológico e uma nota técnica com informações sobre a infecção.

A febre oropouche causa sintomas muito parecidos com os da dengue e os da chikungunya. A doença é uma arbovirose, ou seja, é transmitida pela picada de um mosquito, o Culicoides paraense, também conhecido como maruim.

No entanto, de acordo com Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS, os mosquitos do gênero Culex também podem ser vetores. No ciclo selvagem, os hospedeiros são os primatas, como o bicho-preguiça.

“A transmissão do vírus ocorre pela picada do mosquito infectado, ou seja, necessita da presença do mosquito maruim. Não há registro de casos de transmissão de pessoa para pessoa diretamente e os sintomas mais comuns são dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, tontura, náusea e diarreia”, explica Tatyana.

O período de incubação do vírus é de quatro a oito dias, quando surgem os primeiros sinais. A manifestação dos sintomas costuma durar de cinco a sete dias, mas, segundo o alerta emitido, a recuperação total do paciente pode levar semanas.

Os casos atuais estão concentrados em adultos jovens, com idades entre 20 e 59 anos, embora existam registros confirmados em todas as faixas etárias.

No documento técnico, a FVS informa que as arboviroses urbanas compartilham sinais clínicos muito semelhantes, o que pode confundir os profissionais de saúde.

O tratamento é realizado com medicamentos para amenizar os sintomas e hidratação. Até o momento, não existem vacinas ou antivirais disponíveis para a febre oropouche.

Prevenção da febre oropouche

As medidas de prevenção são as mesmas de outras doenças causadas por picadas de mosquitos:

  • Uso de repelentes, principalmente no início e no fim do dia;
  • Usar preferencialmente blusa de manga longa e calça comprida ao adentrar áreas de mata e beira de rios;
  • Usar telas e mosquiteiros em áreas rurais e silvestres.

 

Fonte: Metrópoles

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