Wellington relativiza crises em Cuiabá e VG e prega união do PL
Redação
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O senador Wellington Fagundes (PL), pré-candidato ao Governo de Mato Grosso, saiu em defesa dos prefeitos Abilio Brunini, de Cuiabá, e Flávia Moretti, de Várzea Grande, ambos do PL, ao comentar o desgaste enfrentado pelas duas administrações municipais. Para ele, as dificuldades fazem parte do início de mandato e refletem problemas históricos da região metropolitana, e não falhas individuais de gestão.
Ao ser questionado sobre o impacto das crises políticas — como o rompimento de Abilio com a vice Coronel Vânia Rosa (Novo) e o isolamento político de Flávia Moretti na Câmara Municipal — sobre seu projeto eleitoral para 2026, Wellington descartou prejuízos. Segundo o senador, os desafios enfrentados pelos correligionários são naturais neste momento inicial.
“Não dificulta. São prefeitos que estão começando a trabalhar, enfrentando dificuldades. A Baixada Cuiabana foi empobrecida ao longo do tempo e ficou em segundo plano”, afirmou. A declaração também reforça a unidade interna do PL, após especulações recentes sobre um possível alinhamento dos prefeitos ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) nas eleições de 2026.
Nos bastidores, chegou-se a cogitar inclusive a participação da vereadora Samantha Iris (PL), esposa de Abilio, como vice em uma chapa adversária. O movimento de Wellington ocorre, contudo, após Abilio e Flávia retomarem o alinhamento com a direção nacional do partido, fortalecendo a tese de candidatura própria do PL ao Palácio Paiaguás.
Visão estratégica
Wellington defende que o debate vá além das crises pontuais e foque na correção de desigualdades econômicas regionais. Ele citou o crescimento de cidades como Primavera do Leste, Sinop e Rondonópolis, em contraste com a perda de capacidade orçamentária de Cuiabá e Várzea Grande.
Entre as propostas, o senador mencionou a revisão da distribuição do ISS e a construção de um plano de longo prazo para saneamento básico, coleta de lixo e esgotamento sanitário na Baixada Cuiabana, associando o desenvolvimento urbano à preservação do Pantanal.
“Quero transformar isso em um projeto de Estado, não apenas de um governo”, destacou.
Cenário local
Em Cuiabá, Abilio Brunini enfrenta uma crise política com a vice-prefeita Coronel Vânia Rosa, que afirma ter sido afastada das decisões logo após a eleição. O prefeito, por sua vez, sustenta que a nomeou para pastas estratégicas, como Assistência Social e Mobilidade, e atribui as mudanças a conflitos técnicos.
Já em Várzea Grande, Flávia Moretti fecha o ano sob pressão, após promover 16 mudanças no primeiro escalão e enfrentar dificuldades de articulação com a Câmara Municipal, cenário que ameaça a governabilidade do município.