Cattani diz não confiar na Justiça antes de júri dos acusados pela morte da filha
Redação
Indignação
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou não acreditar que haverá justiça no julgamento dos homens acusados de assassinar sua filha, a empresária Raquel Maziero Cattani, morta a facadas em julho de 2024, aos 26 anos. Os réus irão a júri popular em janeiro.
Segundo o parlamentar, os irmãos Romero Xavier Mengarde e Rodrigo Xavier Mengarde — acusados de planejar e executar o crime — serão julgados no Tribunal do Júri no dia 22 de janeiro. Apesar da expectativa da esposa, Sandra Cattani, mãe de Raquel, o deputado disse não alimentar esperança quanto ao resultado.
Cattani criticou duramente a atuação da Defensoria Pública na defesa dos acusados e afirmou que o Estado acaba financiando a defesa de quem comete crimes graves. Para ele, esse modelo enfraquece o conceito de justiça.
O deputado voltou a defender a adoção da pena de morte no Brasil, afirmando que só considera justa uma punição proporcional ao crime cometido. Ele também destacou a situação dos netos, filhos de Raquel, que hoje estão sob seus cuidados, e criticou a falta de assistência do Estado às vítimas e familiares.
O crime
De acordo com as investigações, Romero, ex-marido de Raquel, teria planejado o assassinato por não aceitar o fim do relacionamento e oferecido R$ 4 mil ao irmão Rodrigo para cometer o crime. Em 18 de julho de 2024, na zona rural de Nova Mutum, a vítima foi morta com 34 facadas dentro de sua residência.
Os dois acusados seguem presos preventivamente e devem comparecer ao julgamento presencialmente, sem algemas e com roupas civis, conforme determinação judicial.