Ranalli diz que Bolsonaro não tentou fugir e critica decisão como “cortina de fumaça”
Redação
APURAÇÃO
O vereador Rafael Ranalli (PL) saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao comentar a decisão que levou à sua prisão domiciliar após tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. Para o parlamentar, não houve intenção de fuga e o episódio estaria sendo usado como distração política pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
Ranalli argumenta que seria impossível imaginar uma tentativa de fuga por parte de Bolsonaro. Ele citou o estado de saúde do ex-presidente e a presença constante de agentes federais em sua casa.
“Um senhor de 71 anos, com oito cirurgias e atendimento médico semanal, não conseguiria fugir, ainda mais com a residência cercada por policiais”, declarou.
O vereador acusa o STF de perseguir Bolsonaro e afirma que as acusações partem de “ilações e suposições de golpe”. Ele diz que o processo deveria ser revisto e trata a situação como um enfrentamento ideológico.
“É uma batalha contra a direita. Eu vejo isso como um confronto entre bem e mal”, afirmou.
Ranalli também criticou o fato de que a vigília organizada em apoio a Bolsonaro foi classificada como manifestação ilegal pela Justiça. Segundo ele, o objetivo era exclusivamente rezar pelo ex-presidente.
“Agora rezar virou crime no Brasil?”, questionou.
A Polícia Federal, porém, monitorava possíveis indícios de fuga antes mesmo da violação da tornozeleira, após visitas de familiares de Bolsonaro a El Salvador e encontros de Flávio Bolsonaro com representantes dos Estados Unidos.
Mesmo assim, Ranalli minimizou o ato que levou à prisão domiciliar, comparando o comportamento de Bolsonaro a uma reação impulsiva.
“Ele mexeu no plástico da tornozeleira como quem cutuca uma ferida que incomoda. Foi curiosidade, pressão, nada mais”, disse.
O vereador sustenta que o caso está sendo usado politicamente e reafirma sua convicção de que a prisão tem motivação ideológica.