Vereadora vê “perseguição política” na prisão de Bolsonaro
Redação
Perseguição política
A presidente da Câmara de Cuiabá, vereadora Paula Calil (PL), voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e classificou como “perseguição política” a decisão que resultou na prisão do ex-chefe do Executivo no último sábado (22). A ordem foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista nesta terça-feira (25), Paula afirmou que a prisão teria motivação ideológica e fez referência à data em que ocorreu o episódio.
“Eu enxergo claramente uma perseguição disfarçada de processo legal. A prisão justamente no dia 22, que é o número do partido, pra mim é um deboche com a direita”, declarou.
Bolsonaro foi preso por supostamente tentar violar a tornozeleira eletrônica que estava utilizando, além de indícios de possível risco de fuga, segundo apontou Moraes. Ao ser detido, o ex-presidente teria admitido à Polícia Federal que usou um ferro de solda para tentar abrir o dispositivo durante um surto.
Paula Calil não foi a única representante do PL a criticar o ministro. Logo após a prisão, o presidente estadual da sigla, Ananias Filho, também afirmou que o processo conduzido por Moraes teria caráter político.
“Ele age politicamente. Sempre foi mais antipolítico do que jurídico”, afirmou.
O deputado federal José Medeiros (PL) seguiu na mesma linha e chamou Moraes de “diabolicamente maquiavélico”, criticando a fundamentação jurídica das decisões contra Bolsonaro.
As declarações reforçam o discurso adotado por lideranças do PL, que passaram a usar a prisão como símbolo de perseguição à direita e ao ex-presidente.