Entenda porque junho é o mês do orgulho LGBTQIAP+


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02/06/2023 às 14:37
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Luta

O mês de junho costuma ser marcado por diversos movimentos e passeatas do movimento LGBTQIAP+. Para se ter uma ideia, em São Paulo, a parada do orgulho LGBTQIAP+ de 2021 foi virtual e aconteceu no dia 6 de junho. No Rio de Janeiro, foi dia 24 e, em Nova Iorque, no dia 27 do mesmo mês.

As diversas passeatas são marcadas por serem, ao mesmo tempo, uma celebração das relações homoafetivas e movimentos políticos, de reivindicação por direitos e cidadania por parte da comunidade LGBTQIAP+.

Porque junho é o mês do orgulho LGBTI+?

Como vimos, diversas passeatas acontecem no mês de junho. Isso acontece porque essas datas remetem à história do movimento LGBTQIAP+, já que, em 1969, houve a chamada revolta de Stonewall em Nova Iorque, que foi desencadeada quando um grupo de homens homossexuais decidiram enfrentar a violência policial, da qual eles eram vítimas.

 

Na madrugada do dia 28 de 1969 um grupo de homens homossexuais resolveram enfrentar a ação policial em um bar que era ponto de encontro de pessoas LGBTQIAP+.  Como protesto, eles ficaram confinados dentro do bar. Nesse período, o grupo recebeu apoio de uma multidão de gays e lésbicas que ficaram do lado de fora. 

Revolta de Stonewall

Nas décadas de 1950 e 1960 os Estados Unidos tinham uma legislação anti-homosexual, já que práticas homossexuais foram consideradas crimes até 1962 em todos os estados do país. Em 1969, ano da revolta, a prática já não era criminalizada, mas muitos estabelecimentos comerciais que eram frequentados por gays e lésbicas eram atacados e perseguidos pela polícia.

Na cidade de Nova Iorque apenas um bar era abertamente gay, o Stonewall Inn, que ficava no bairro do Greenwich Village. Na noite de 28 para 29 de junho, o que era para ser uma batida policial comum tornou-se em revolta. Um grupo de homossexuais se recusou a ser revistado pela polícia, iniciando um confronto que durou cerca de 4 horas e resultou na destruição do bar.

Com o fim do bar, um grupo ainda maior de pessoas se reuniu no endereço na noite seguinte. E já que não havia mais o local secreto para as trocas de afeto, elas começaram a ser feitas em público. A polícia, então, chegou em massa para reprimir a multidão, o que resultou em uma série de protestos e confusão.

As revoltas duraram 5 dias até que foram totalmente contidas. Ainda assim, a luta dos LGBTQIAP+ por direitos ganhou apoio e visibilidade, de modo que até o final de 1969 muitas cidades americanas passaram a ter organizações pelos direitos dos homossexuais. E, no de 1970, após 1 ano das revoltas, aconteceram as primeiras passeatas do orgulho gay nos Estados Unidos.

O que significa LGBTQIAP+

A sigla LGBTQIAP+ remete à diversidade sexual existente entre os humanos e significa: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Intersexuais, Queer, Assexuais, Pansexuaisentre outros. Na década de 1990, alguns movimentos culturais e políticos utilizavam a sigla “GLS”, (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), para se referir à comunidade.

Com o tempo, outras expressões sexuais conquistaram visibilidade e relevância política dentro dos próprios movimentos LGBTQIAP+ E passaram a ser representadas também pela sigla do movimento.

Dados para entender a luta contra a homofobia no Brasil

Como vimos, as passeatas do movimento LGBTQIAP+ estão historicamente relacionadas com protestos de acesso à cidadania e a direitos. Listamos abaixo alguns dados para que se possa entender a importância da luta contra a homofobia no Brasil.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base nos dados obtidos pelo Disque 100, referentes à 2017, sobre a população LGBT, constatou que:

  • 73% dos estudantes LGBTs afirmam ter sido vítimas de violência verbal;

  • 36% dos estudantes LGBTs afirmam ter sido vítimas de violência física.

Além disso, as denúncias feitas por LGBTs mostram como o grupo ainda é vítima de violência:

  • Violência psicológica: 35%

  • Discriminação: 35%

  • Violência física: 20%

Criminalização da homofobia

Em 2019, a LGBTfobia tornou-se crime no Brasil. Por meio de uma votação, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por um placar de 8 votos a 3, que a discriminação contra homossexuais e transexuais é um crime com pena prevista de 1 a 3 anos de prisão, além de multa.

 

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