Entidades pedem indicação de mulher ao STF após saída de Barroso
Redação
Nova Vaga
Com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá escolher um novo nome para o Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão reacendeu o debate sobre a falta de representatividade feminina na Corte, que atualmente conta com apenas uma ministra — Cármen Lúcia, empossada em 2006.
Na última sexta-feira (11), as organizações Fórum Justiça, Plataforma Justa e Themis Gênero e Justiça divulgaram uma nota pública pedindo que a nova vaga seja ocupada por uma mulher, preferencialmente negra, em nome do equilíbrio de gênero e da diversidade no sistema de Justiça. “Não é por falta de excelentes nomes de mulheres que o presidente Lula deixará de nomear uma ministra para a Suprema Corte”, destaca o texto, que lista 13 possíveis indicadas com reconhecida trajetória jurídica.
Entre os nomes mencionados estão: Adriana Cruz, juíza e professora da PUC-Rio, ex-secretária nacional do CNJ; Daniela Teixeira, ministra do STJ, indicada por Lula em 2023; Edilene Lobo, ministra do TSE e primeira mulher negra a integrar o tribunal; Maria Elizabeth Rocha, presidente do STM e pioneira na história da instituição; Kenarik Boujikian, desembargadora aposentada e atual secretária nacional de Diálogos Sociais; Lívia Sant’Anna Vaz, promotora de Justiça na Bahia e referência no combate ao racismo institucional.
Atualmente, nos bastidores do governo, os principais nomes cotados por Lula para a vaga de Barroso são homens: Jorge Messias (advogado-geral da União), Rodrigo Pacheco (presidente do Senado), Bruno Dantas (TCU) e Vinícius Carvalho (CGU).
O movimento das entidades pretende pressionar o governo a romper o histórico de desigualdade de gênero na mais alta instância do Judiciário e consolidar o compromisso de Lula com a diversidade e a equidade no serviço público.