Pivetta nega articulação política e diz ter ido à Marcha da Anistia por amizade com aliados da direita
Redação
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O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), afirmou que participou da Marcha da Anistia, realizada no início de outubro em Brasília, a convite de amigos ligados à direita, entre eles a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Durante entrevista concedida neste domingo (12), durante vistoria ao Centro Médico Infantil (CMI), em Cuiabá, Pivetta disse que o convite foi motivado por relações pessoais, e não por alianças políticas. “Tenho muitos amigos. Fui por amizade e me senti muito bem lá”, declarou.
Apesar da negativa, a presença do vice-governador no ato foi interpretada nos bastidores como um movimento estratégico para aproximá-lo da base bolsonarista e do agronegócio, setores de forte influência política no Estado. A intenção seria consolidar sua imagem entre os eleitores conservadores, hoje divididos com o senador Wellington Fagundes (PL).
A disputa interna pela liderança desse grupo tem alimentado o movimento ‘Volta Blairo’, que tenta convencer o ex-governador e ex-ministro Blairo Maggi a voltar à política, com o objetivo de unificar o campo conservador em Mato Grosso.
Durante a entrevista, Pivetta também defendeu a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, reforçando seu alinhamento com discursos da extrema-direita. “Acho que esse pessoal já pagou um preço alto. Tem muito criminoso no Brasil que precisa ser punido — e não são eles”, afirmou.