Aliados de Bolsonaro pressionam por anistia, mas Congresso vê resistência
Redação
JULGAMENTO
Após a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, aliados do ex-presidente intensificaram a defesa de uma anistia. Porém, interlocutores do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmam que a proposta perdeu força por ser considerada impopular e sem apoio suficiente no plenário.
Segundo essas avaliações, não haveria votos para aprovar um “perdão amplo”. A alternativa em discussão seria um projeto mais restrito, que alivie penas de envolvidos no 8 de Janeiro, mas mantenha a inelegibilidade de Bolsonaro.
Na última segunda-feira (15), Motta almoçou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada. O petista reforçou sua posição contrária à votação da anistia e defendeu evitar confronto com o Supremo Tribunal Federal (STF), que considera o perdão total inconstitucional.
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) articula uma proposta paralela: alterar o Código Penal para reduzir penas de crimes ligados à tentativa de golpe e à abolição do Estado Democrático de Direito.