PL em MT vive “nó tático” e aguarda definição de Valdemar Costa Neto sobre alianças
Redação
Partido
O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, afirmou que caberá ao dirigente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, conduzir as articulações que envolvem o cenário eleitoral no Estado. Segundo ele, o partido enfrenta um “nó tático” após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avalizar o governador Mauro Mendes (UB) como segundo nome apoiado pelo PL ao Senado, ao lado do deputado federal José Medeiros (PL).
A indefinição maior recai sobre a disputa ao governo. Valdemar precisará conciliar interesses entre o senador Wellington Fagundes (PL), que articula sua candidatura própria, e o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), apoiado por Mauro Mendes.
Nos bastidores, Wellington ainda busca ampliar espaço e tenta viabilizar a deputada estadual Janaina Riva (MDB), sua nora, como alternativa ao Senado. A ideia, no entanto, enfrenta resistência dentro da legenda. O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), já descartou publicamente apoio a Janaina, argumentando que o MDB é um partido de centro e não de direita.
Ananias minimizou as tensões e lembrou que a decisão final será de Costa Neto. “O Valdemar falou que é um nó tático que precisamos começar a destrinchar. Vamos ter muitas discussões até chegar ao consenso”, afirmou.
O dirigente também relativizou rumores de isolamento de Wellington após Medeiros se reunir com Pivetta. “Sem casamento não há traição”, disse, reforçando que as candidaturas e alianças ainda não estão oficialmente fechadas.
Apesar da disputa, Ananias admitiu que o PL não descarta diálogo com outras siglas, incluindo o MDB. “Não tem descarte nenhum de conversar, de dialogar, mas ainda não tomei conhecimento de como o presidente Valdemar vai conduzir essa situação”, concluiu.