Botelho critica decisão do União Brasil e chama saída do governo Lula de “jogo de cena”
Redação
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O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) criticou a resolução da sigla que limita a saída do governo federal apenas a filiados com mandato, classificando a medida como “meia boca”. Para ele, a decisão do partido de se colocar na oposição, mas manter indicações estratégicas no staff do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é incoerente e não passa de uma encenação política.
“É uma saída meia boca, pois vai ficar uma parte lá. Tinha que haver uma definição: sai todo mundo. Aí beleza. Do contrário, é um jogo de cena”, afirmou Botelho, em entrevista à TV Vila Real nesta quinta-feira (4).
Segundo o parlamentar, a executiva nacional blindou nomes ligados ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), preservando assim as indicações que resultaram na permanência de ministros como Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte).
Botelho disse que a situação evidencia uma contradição dentro da legenda. “Querem fazer oposição e estar na boquinha. Isso existe lá, existe aqui, em todo lugar. Não adianta”, disparou.
O impasse ocorre em meio às articulações para as eleições de 2026 e ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que pode intensificar ainda mais a polarização política no país. Para Botelho, o União Brasil precisa definir de forma clara se quer ou não manter cargos no governo petista.
“Estamos vivendo um momento de muita polarização e esse julgamento vai aflorar isso. A definição que temos visto é que quem é indicado do Davi vai ficar, e quem é indicado do Arthur Lira vai ficar”, completou o deputado.