Margareth critica indiciamento de Bolsonaro e reforça apoio à direita no Senado
Redação
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Livre do vínculo com o PSD, legenda da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a senadora Margareth Buzetti (PP) tem reforçado sua aproximação com pautas da direita. Nesta semana, ela criticou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), classificando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) como uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção dos problemas enfrentados pelo governo federal.
“Cada vez que tem alguma coisa que mostre que o governo não está bem na articulação política […] eles vão soltando alguma. Eu acho que é cortina de fumaça”, declarou a parlamentar, sugerindo possível interferência política sobre o Judiciário.
No dia 20, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) sob acusação de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O pastor Silas Malafaia também foi citado no relatório como “aconselhador” da família.
Margareth disse não ter afinidade com o religioso, mas considerou “desnecessária” a busca e apreensão realizada contra ele. “E se o STF descobrir que eu aconselho minhas filhas?”, ironizou.
A senadora também destacou sua posição em defesa da auditoria das urnas eletrônicas. Integrante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ela votou a favor do projeto que prevê auditoria por meio do voto impresso, aprovado no colegiado no último dia 20. O texto agora aguarda emendas antes de ser analisado em plenário nesta quinta-feira (28).
Segundo Margareth, o objetivo é “acabar com a desconfiança da população” em relação ao sistema eleitoral brasileiro.