Mauro cobra investigação e aponta indícios de facilitação em fuga de presas de alta periculosidade
Redação
Investigação
O governador Mauro Mendes (União) afirmou nesta quinta-feira (21) que há “fortes indícios” de envolvimento de agentes prisionais na fuga das detentas Angélica Saraiva de Sá, a “Angeliquinha”, e Jéssica Leal da Silva, a “Arlequina”, da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.
Segundo Mendes, a gravidade do caso exige apuração rigorosa. “Está tendo falha com certeza! Eu já cobrei duramente o secretário de Justiça [Vitor Hugo Bruzulato], que está investigando. Para ter uma fuga daquele jeito é porque alguém falhou, alguém cooperou”, declarou.
O governador não descartou mudanças na direção do presídio e afirmou que haverá punições exemplares. “O que posso afirmar é que houve falhas, e essas falhas serão apuradas. Os responsáveis têm que ser mostrados publicamente e penalizados na forma da lei”, reforçou.
Mendes também recordou a prisão de policiais penais e advogados envolvidos em fugas no passado e garantiu que a atual gestão não hesitará em responsabilizar quem tiver ligação com o episódio. “Nós já cortamos na carne várias vezes e vamos continuar. Nada vai impedir o trabalho de combate ao crime dentro do sistema prisional”, disse.
As fugitivas são apontadas como líderes da maior facção criminosa do Estado. Angeliquinha acumula penas que ultrapassam 250 anos por homicídio, tráfico e organização criminosa. Ambas permanecem foragidas.
A Sejus e o Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (Soe) pedem que informações sobre o paradeiro das presas sejam repassadas aos canais de denúncia da Polícia Civil (197) e Polícia Penal ((65) 98126-0185), com garantia de sigilo.