AL exonera servidores investigados em operação contra lavagem de dinheiro do tráfico
Redação
Operação Datar
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso anunciou, na manhã desta quinta-feira (14), a exoneração imediata de dois servidores citados na Operação Datar, deflagrada pela Polícia Civil para investigar um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de drogas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Um dos exonerados é Vinícius Curvo Nunes, 44 anos, comissionado no setor de Tecnologia da Informação desde fevereiro deste ano, com salário de R$ 16 mil. O segundo servidor, cujo nome não foi divulgado, também foi alvo de mandado de busca e apreensão. A investigação apontou movimentações financeiras entre eles e os principais alvos da operação.
Segundo o delegado Eduardo Ribeiro, da Delegacia de Repressão a Narcóticos (Denarc), os servidores entraram no foco após a identificação dessas transações. “Nada, além disso, até o momento”, afirmou.
A Operação Datar é resultado de uma apuração de longo prazo iniciada em 2019, que revelou movimentações milionárias e conexões com facções criminosas. A ação desta quinta-feira cumpriu 7 mandados de prisão — seis já executados e um alvo considerado foragido —, 14 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de 19 contas bancárias e do sequestro de 16 automóveis. Entre os bens apreendidos estão quatro veículos de luxo, sete armas e munições.
Em nota, a AL-MT reforçou seu compromisso com a ética e a transparência:
“A Assembleia Legislativa de Mato Grosso informa que, após tomar conhecimento dos fatos, está conduzindo as medidas administrativas necessárias para a imediata exoneração do servidor Vinicius Curvo Nunes. A decisão reflete o compromisso desta instituição com a transparência e a ética na administração pública.”