Advogado e ex-secretário de Emanuel são presos em operação
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A Polícia Civil já cumpriu as ordens de prisão contra o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, e o advogado Hugo Castilho, na manhã desta quinta-feira (19).
Eles são alvos da Operação Cartão-Postal, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).
A operação apura uma suposta organização criminosa instalada, desde junho de 2022, na gestão da Saúde de Sinop (499 km ao norte de Cuiabá). Os contratos investigados somam mais de R$ 87 milhões.
Célio e Hugo são amigos e sócios em uma empresa que atua na Saúde de Sinop. Ambos estão na sede da Deccor, em Cuiabá, prestando depoimento ao delegado (veja vídeos abaixo).
Ao chegarem a delegacia, eles não quiseram falar com a imprensa.
Os dois deixaram a delegacia por volta das 11h da manhã, sem falar nada, e estão à disposição da Justiça. Eles passarão por audiência de custódia em breve.
O procurador de Sinop Ivan Schneider também teve o mandato de prisão expedido pela Justiça de Mato Grosso.
Veja vídeo de Célio Rodrigues chegando a Deccor:
Veja vídeo de Hugo Castilho chegando a Deccor:
A operação
Foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal nas cidades de Sinop, Cuiabá, Várzea Grande, São Paulo e nos municípios paulistas de Praia Grande e São Vicente.
Também são cumpridas seis ordens de prisão preventiva, um de monitoramento eletrônico, duas ordens de suspensão do exercício da função pública, um de suspensão parcial do exercício da função pública, bem como a suspensão de exercício de atividade de natureza econômica de seis empresas.
Treze pessoas são alvo de medidas cautelares, como a proibição de acessar as dependências administrativas da Saúde do Município de Sinop, a proibição de manutenção de contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar da Comarcar sem autorização do Juízo, entrega de passaporte e comparecimento periódico em Juízo.
Com base nas investigações, também foi determinado o bloqueio de valores das contas bancárias de 34 pessoas físicas e jurídicas, o sequestro de bens móveis de 21 alvos e o sequestro de bens imóveis de outros oito alvos, a fim de recompor os cofres públicos no montante de R$ 87.419.285,01, que é o valor global de três contratos celebrados entre Sinop e a organização social que gerencia a Saúde da cidade.
