Jayme vota contra aumento de deputados e critica impacto fiscal: “É um escárnio contra o contribuinte”
Redação
CONTRA
O senador Jayme Campos (União Brasil-MT) votou contra o Projeto de Lei Complementar (PLP) 177/2023, que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais na Câmara. A proposta foi aprovada pelo Senado na última quarta-feira (25) e agora segue para sanção presidencial.
Em sua fala no plenário, Jayme classificou a iniciativa como “inoportuna, injustificável e contrária aos anseios da sociedade”, argumentando que o país enfrenta um momento que exige contenção de gastos, e não ampliação da máquina pública.
Segundo ele, o projeto representa um retrocesso na gestão fiscal. “É um escárnio contra o contribuinte”, declarou, ao citar dados da Agência Pública que estimam um impacto de R$ 845 milhões por ano nos cofres públicos com a medida.
O senador também criticou o possível efeito em cadeia que a ampliação da Câmara pode provocar nas Assembleias Legislativas dos estados, que poderiam seguir o exemplo federal para aumentar seus quadros. “Isso gera um efeito cascata perigoso, que só amplia despesas em um momento em que o Brasil precisa de reformas estruturantes, não de mais cargos políticos”, disse.
Jayme reconheceu que há distorções na representatividade entre os estados – já que o número de deputados federais por unidade da federação está congelado desde 1993 –, mas defendeu que a correção seja feita sem aumentar o total de parlamentares. “É possível rever critérios e redistribuir cadeiras com equilíbrio, sem que isso represente mais custos para a população”, ponderou.
Por fim, o senador fez um apelo por mais responsabilidade por parte do Congresso Nacional. “Aumentar gastos em um momento de austeridade é desprezar o Brasil real. A prioridade deve ser reduzir privilégios, cortar desperdícios e aproximar o Parlamento da realidade do cidadão”, concluiu.