Mauro Mendes condena aumento do Fundo Eleitoral e dispara contra Congresso
Redação
“Brasil vai quebrar”
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), fez duras críticas ao Congresso Nacional após a ampliação do valor do Fundo Eleitoral. Na avaliação do gestor, o aumento nos gastos com campanhas políticas é irresponsável e coloca em risco a saúde financeira do país.
“Se não cortar gastos, escrevam aí: a partir de 2027, o governo federal quebra. E quem vai pagar essa conta somos todos nós”, alertou Mendes, em entrevista na terça-feira (25), ao comentar a decisão dos parlamentares de derrubar o veto do presidente Lula e autorizar mais R$ 168 milhões para o fundo. O total destinado aos partidos este ano saltou para R$ 1,368 bilhão.
Para o governador, o Brasil está priorizando o que não deve: “É muito dinheiro sendo colocado nas eleições, enquanto falta para um monte de coisa nesse país. Isso não é saudável para a democracia”, afirmou.
Mendes também criticou a incoerência dos congressistas: “O Congresso exige cortes do governo federal, mas aprova mais gastos para campanhas eleitorais. Me desculpe, mas isso é incoerente.”
De viagem ao exterior durante a votação, ele disse não ter sido consultado pelos parlamentares do seu partido, o União Brasil. Mesmo assim, garantiu que, se tivesse sido ouvido, teria se posicionado contra o aumento do fundo.
A fala do governador ecoa uma insatisfação crescente entre parte da população que vê com desconfiança o uso de verbas públicas em campanhas políticas, especialmente em um cenário de dificuldades econômicas e escassez de recursos para áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.