Policial é preso em operação suspeito de tentar entrar em presídio com caixa de bombom 'recheada' de celulares
Redação
Flagra
Segundo a Polícia Civil, o policial foi cobrado por um dos membros do grupo sobre a prestação de contas de drogas vendidas dentro da penitenciária. Em março, ele disse ao suspeito que estava “na atividade” e que faria um "corre” de três quilos de maconha e alguns celulares.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Bruno França, o policial levava celulares para a penitenciária e providenciava acesso à internet para os detentos, sob a condição de que lhe fosse repassado 10% dos valores adquiridos com crimes como os “golpes do OLX” ou “golpes do intermediário”. A taxa paga é conhecida entre os presos como “taxa do roteador”.
Os celulares foram usados para ordenar a morte de pelo menos duas pessoas em Sorriso.
Grupos e cestas básicas
Segundo a polícia, cada integrante da organização criminosa possui uma função específica, tanto dentro das prisões quanto nas ruas. A gestão era coordenada por um grupo em aplicativo de mensagens chamado "Caramelos Alfa".
O líder do grupo possui histórico no crime organizado e está detido em uma penitenciária estadual. Ele foi preso pela primeira vez em 2014, em que liderou uma tentativa frustrada de fuga da Penitenciária Osvaldo Florentino Leite, em Sinop, e foi transferido para outras unidades, em que continuou a comandar as ações criminosas.
As ordens eram repassadas para outro suspeito, responsável pelo tráfico de drogas em Sorriso e pela distribuição de cestas básicas na cidade. Eles usavam essa estratégia para conquistar apoio ou intimidar moradores.
O segundo suspeito também possui antecedentes criminais, incluindo uma fuga da cadeia de Alta Floresta, há quatro anos, e a execução de Jonathan Kelvin, de uma organização criminosa rival.
Já um terceiro suspeito era o responsável pelo contrabando de cigarros e pela extorsão de comerciantes, atividades operadas sob o comando da facção criminosa.
Fonte: g1MT