Pedrinho x Wanderley: Proposta de Pedrinho limita poder de indicação do futuro presidente da Mesa
Redação
Várzea Grande
A manobra de Pedrinho pode ser encarada como um "ataque" a Cerqueira que se aliou à gestão eleita para 2025 para a conquista da presidência, preterindo, assim, sua Gisa Barros, sua candidata à Mesa
A nova proposta do presidente da Câmara dos Vereadores de Várzea Grande, Pedro Paulo Tolares (União), o Pedrinho, visa à restrição de poderes de indicação de cargos de altos salários pelo próximo presidente da Mesa Diretora, o que, para os concorrentes ao cargo, para o próximo biênio, funcionava como um toma lá dá cá para conquista de votos. Com a atual proposta defendida pelo Pedrinho isso não será mais possível a partir de 2025.
A jogada política no contexto do Projeto de Lei Complementar (PLC) de autoria da Mesa Diretora, capitaneada ainda por Pedrinho, é que a distribuição, para os 23 vereadores da câmara, de cargos de Assessor Técnico Parlamentar I e Assessor de Plenário I, com salários de R$5 mil, sejam agora nomeados (também exonerados) diretamente pelos parlamentares aos quais serão os novos funcionários distribuídos, desincumbindo, assim, a prerrogativa das mãos do presidente da Mesa.
"Fica estabelecido que os cargos de que trata o artigo 1º da Lei n.º 4.536/2019 e o artigo 5º da Lei n.º 4.866/2021, (Assessor Técnico Parlamentar I e Assessor de Plenário I), passarão a ser subordinados exclusivamente aos gabinetes dos vereadores", em destaque na PLC.
A manobra de Pedrinho pode ser encarada como um "ataque" a Cerqueira que se aliou à prefeita eleita, Flávia Moretti (PL) e ao vice-prefeito eleito, Tião da Zaeli (PL), para a conquista da presidência da Mesa Diretora para o próximo biênio, preterindo a candidata de Pedrinho, a vereadora Gisa Barros (PSB). A vitória de Wanderley é encarada como a mais provável de ocorrer.