Câmara de VG aprova projeto para realocar cargos comissionados em gabinetes; Cargos chegam a 5 mil
Larissa Malheiros e Fabio Luz
Várzea Grande
O controverso projeto de realocação de cargos com altos salários para cada gabinete na câmara dos vereadores entrará em vigor a partir de 2025
O novo projeto de redistribuição de cargos de assessores parlamentares da Câmara Municipal Várzea Grande tem dado o que falar dado a natureza controversa do projeto de se agregar mais dois assessores para cada gabinete, isto é, para cada vereador na Câmara, o qual totalizará mais 46 cargos com altos salários.
A vereadora Gisa Barros (PSB) explica que a razoabilidade da proposta veio do fato de que na mesa diretora, a presidência acumula mais de 46 cargos para assessores, o que também permitiria a possibilidade de que os vereadores também tivessem mais vagas disponíveis, sobretudo para profissionais mais qualificados que poderiam receber salários mais altos.
O Projeto foi apresentado pela própria Gisa Barros e aprovado pela maioria do quórum com 19 votos a favor e entrará em vigor a partir de 2025.
“Esse projeto vai redistribuir 23 cargos de assessor parlamentar e 23 cargos de assessor técnico parlamentar para cada gabinete. Cada gabinete terá mais dois assessores de gabinete com salários maiores, ou seja, que nós poderemos contratar pessoas com qualificações melhores. Os cargos já existem na presidência. Agora vai ficar à disposição de cada gabinete e de cada vereador”, fala a vereadora.
“Até para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, os cargos manterão o já conhecido teto para assessor parlamentar de vereadores de até R$ 5 Mil”, complementa Gisa.
Ao ser questionada sobre as possíveis demissões que o ocorrerão na câmara em função da nova gestão que capitaneará o município em 2025, Gisa explica que os contratos de então continuarão até o fim do ano e que os funcionários que lá estão poderão eventualmente continuar em seus cargos, mas, mesmo que fiquem, estarão circunscritos em novos contratos que serão redigidos pela nova gestão.
“É uma nova gestão, né? A gente precisa fazer uns novos contratos. Pode se manter as mesmas pessoas, mas com contratos novos”, finaliza a vereadora.
Perguntada se ela seria oposição à prefeita eleita, Flávia Moretti (PL), a vereadora se esquiva de responder taxativamente e apenas tergiversa que está disposta ao diálogo e a espera de uma chamada para conversa para saber se será situação ou oposição à nova gestão, mas que por agora não se se considera “nada”.
“Gisa sempre teve um posicionamento independente, sempre fui de falar as mazelas da nossa cidade, sempre usei a tribuna da câmara pra isso, mas por ora ainda não me considero nada, vamos esperar que tomem a posse dia 1º de janeiro, né, pra ver como que vai ser o posicionamento futuro nesta casa. Eu tô aqui pra contribuir com o desenvolvimento de Várzea Grande” responde Barros.
Concessão do DAE
Ao ser perguntada sobre a concessão privada do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande que foi uma promessa de campanha de Flávia Moretti, a vereadora deixa claro que:
“Isso é uma luta que eu falo há anos; se você vê, eu tenho até entrevista na TV Vila Real sobre isso. Desde 2019, mais ou menos 17, 18, 19, já venho falando, desde o início, na verdade, da minha primeira legislação, eu falo sobre a privatização da água”, finaliza.