Senadores apresentam projetos para agravar penas em crimes de incêndio


Divulgação  - Foto: Divulgação Projeto torna queimada em área rural crime hediondo e outro agrava penas para queimadas provocadas por grupos
15/09/2024 às 08:10
Redação

Senado

Diante do avanço das queimadas no Brasil, o Senado vai analisar dois projetos de lei que buscam endurecer as punições para crimes de incêndio. Apresentado nesta quarta-feira (11) pelo senador Jader Barbalho (MDB-PA), um dos projetos propõe classificar incêndios em áreas rurais como crime hediondo. O outro, de autoria de Humberto Costa (PT-PE), começou a tramitar no início do mês e aumenta as penas para incêndios cometidos por grupos.

As propostas respondem ao aumento no número de queimadas no Brasil, que registrou 68,3 mil focos em agosto deste ano, um crescimento de 144% em relação ao mesmo período de 2023, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Além dos danos ambientais, os incêndios têm impacto na saúde pública. Conforme o Inpe, uma cortina de fumaça chegou a cobrir até 60% do território nacional, afetando a qualidade do ar em diversas regiões do Brasil e em países vizinhos. Os biomas mais atingidos são a Amazônia e o Cerrado, onde as queimadas são frequentemente provocadas por desmatamento e atividades agrícolas.

Aguardando publicação e distribuição para as comissões temáticas, o projeto (PL 3.517/2024) de Jader Barbalho altera a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072, de 1990) para incluir o incêndio em áreas rurais entre os crimes sujeitos a penas mais severas. O senador destaca que 199 milhões de hectares, ou 23% do território brasileiro, foram atingidos por incêndios desde 1985, com grande parte dos focos localizados no Cerrado e na Amazônia.

“Em virtude dos desastres ambientais e das perdas de vidas que os incêndios provocam todos os anos, é necessário tratar esse tipo de crime com maior rigor, aplicando penas mais severas e transformando-o em hediondo", defende Jader.

Já a proposta (PL 3.417/2024) do senador Humberto Costa modifica o Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 1940) e a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 1998), para aumentar a pena em um terço para incêndios cometidos por duas ou mais pessoas. A proposta está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), aguardando emendas antes da votação em caráter terminativo. Ou seja, se aprovado na comissão, o texto seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que seja aprovado requerimento para votação em Plenário.

“Incêndios, por si só, são trágicos, mas quando ocorrem de forma intencional, são inaceitáveis, daí porque são considerados crimes. Mais graves, ainda, são os incêndios cometidos por grupos de pessoas, pois essa circunstância potencializa o alcance das condutas e, por conseguinte, as consequências para as pessoas, o patrimônio e o meio ambiente atingidos.", afirma Humberto.

Fonte: Agência Senado

0 comentários


Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *


Veja mais:


  • Brasil - Mauro Mendes tenta reverter corte de voos da Azul em Mato Grosso: “Vamos cobrar”
  • Mato Grosso - Obras do Centro Médico Infantil de Cuiabá passam de 70% e serão entregues em 60 dias
  • Brasil - Davi Brito explica decisão de trancar faculdade de Direito
  • Política MT - Clima tenso na Câmara: Prefeito compara ação de facção à estratégia de Pablo Escobar
  • Geral - Lucas Lima comemora 11 anos do filho com Sandy nas redes sociais
  • Brasil - PF prende foragido por tráfico internacional e apura lavagem de dinheiro em Cuiabá
  • Mato Grosso - CGE nega citar emenda de R$ 10 milhões de Avalone no relatório
  • Pelando - Dançarina de Zezé Di Camargo & Luciano é demitida após fala xenofóbica
  • Pelando - Andressa Urach faz cirurgia para mudar a cor dos olhos na Europa
  • - Morte de Cristiano Araújo completa 10 anos; irmão presta homenagem