Entenda a fraude do músico que ganhou US$ 10 milhões com músicas de IA


09/09/2024 às 14:16
Redação

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Michael Smith, músico de 52 anos de idade, foi preso por fraude nos Estados Unidos após usar inteligência artificial para criar milhares de músicas falsas, em nome de bandas inventadas. O homem colocava as canções nas plataformas de streaming e utilizava ouvintes falsos para reproduzir as músicas em massa. Com o esquema, ele faturou cerca de US$ 10 milhões.

Primeiro, Smith criou milhares de contas falsas de streaming usando endereços de e-mail comprados on-line. Eram cerca de 10 mil, algumas terceirizadas com cúmplices contratados quando o processo de criar as contas se tornou muito trabalhoso.

Smith então criou um software para transmitir os singles em loops de diferentes computadores, dando a aparência de ouvintes individuais sintonizando de lugares diferentes, disseram os promotores que investigam o caso nos Estados Unidos.

Um detalhamento financeiro que Smith enviou a si mesmo por e-mail em 2017 (ano em que o esquema se iniciou, segundo os promotores), indicava ser possível transmitir suas canções 661.440 vezes por dia. A essa taxa, ele estimou, poderia receber até US$ 1,2 milhão em pagamentos de royalties em um ano.

Para evitar a detecção por plataformas de streaming, os promotores disseram que Smith espalhou sua atividade por um grande número de músicas falsas, nunca transmitindo uma única composição muitas vezes. Inicialmente, ele teria carregado composições próprias nas plataformas.

Um ano depois, em 2018, Smith se uniu aos robôs e criou um catálogo impressionante de músicas falsas, junto com o CEO de uma empresa de música de IA e um promotor musical, enviando milhares para plataformas de streaming a cada semana.

Em junho de 2019, ele estava ganhando cerca de US$ 110 mil por mês, com uma parte indo para os cúmplices, disse a acusação. Em um e-mail em fevereiro deste ano, Smith se gabou de ter alcançado 4 bilhões de streams e US$ 12 milhões em royalties desde 2019.

Michael Smith foi preso em 4 de setembro e enfrenta acusações de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Caso seja condenado, ele pode pegar até 20 anos de prisão. O caso é visto como um marco na investigação criminal envolvendo manipulação de streaming musical.

Fonte: Metrópoles

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