Deolane adquiriu muitos bens nos últimos tempos
Redação
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A Operação “Integration”, deflagrada pela Polícia Civil, investiga uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro e operar jogos ilegais. Entre os presos estão a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra e o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da casa de apostas Esportes da Sorte.
A ação apreendeu dezenas de imóveis, embarcações, aeronaves, veículos de luxo e outros bens valiosos.
As investigações apontam que o pagamento à vista por carros de luxo, tanto pela empresa Esportes da Sorte quanto por Darwin, indicam possível lavagem de dinheiro oriundo do jogo do bicho e de apostas esportivas.
Deolane Bezerra, após ser presa, confirmou em depoimento que adquiriu um Lamborghini Urus S de Darwin, pelo valor de R$ 3,85 milhões.
O empresário e sua esposa, Maria Eduarda Filizola, se entregaram à polícia no dia 5 de setembro. A operação já solicitou o bloqueio gradativo de bens e ativos financeiros avaliados em cerca de R$ 3 bilhões.
Entre os itens apreendidos, destacam-se:
- Duas aeronaves e dois helicópteros avaliados em R$ 127 milhões;
- Cinco automóveis de luxo no valor de R$ 24.440.196,79;
- R$ 439.869 em espécie, além de montantes em dólares, euros e libras esterlinas;
- Relógios da marca “Rolex”, joias, bolsas de luxo e garrafas de vinho.
Foto: Divulgação/ PCPE
Como é o esquema de lavagem de dinheiro
A investigação, iniciada em abril de 2023, partiu de uma apreensão de R$ 180 mil em espécie no dia 1º de dezembro de 2022 na Banca Caminho da Sorte, que pertence ao pai de Darwin.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o grupo movimentou R$ 3 bilhões usando empresas de eventos, casas de câmbio e depósitos fracionados para lavar o dinheiro obtido com jogos ilegais.
A terceira fase da operação “Integration” aconteceu em 4 de setembro, com o cumprimento de 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em seis estados brasileiros: Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Paraíba e São Paulo.
As investigações primeiramente apontam transações atípicas realizadas por pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo, evidenciando crimes financeiros. Para os investigadores, o padrão de vida dos envolvidos não corresponde à renda e aos bens declarados.
Divulgação
Deolane e Esportes da Sorte se defendem
Em nota, o escritório da advogada Adélia Soares, que representa Deolane, informou que a empresária, antes de mais nada, está à disposição das autoridades. Ela ainda acrescentou, apesar disso, que o inquérito é sigiloso.
Deolane, em comunicado nas redes sociais, afirmou estar enfrentando “uma grande injustiça” e alegou ser vítima de preconceito, assim como sua família.
Já a Esportes da Sorte, por meio de nota, reforçou sobretudo seu compromisso com a verdade, o jogo responsável e o cumprimento das obrigações legais. A empresa afirmou estar disposta a colaborar com as investigações, mas disse não ter acesso aos autos do inquérito e às razões da ação policial.
Fonte: Ofuxico