Brasileira que buscou eutanásia fora do país revela que sofreu abuso sexual


07/08/2024 às 13:55
Redação

Polêmica

Carolina Arruda, 27 anos, que ficou conhecida por ser portadora da neuralgia do trigêmeo, doença que causa “a pior dor do mundo”, e começar uma vaquinha para conseguir fazer eutanásia fora do Brasil, relatou diversos abusos, ameaças e agressões que sofreu antes de ser diagnosticada com a doença.

Em suas redes sociais, ela contou sobre quando foi abusada sexualmente por um vizinho, que recebeu como punição apenas uma multa e dois anos de restrição para sair à noite.

A estudante de veterinária conta que decidiu expor as agressões depois de entender que “para tratar a dor física, primeiro era necessário tratar a dor psíquica.”

Carolina então deu detalhes do crime, que foi cometido em 2020 na cidade de Bambuí (MG), onde ela mora. Na época, ela estava começando seu curso de medicina veterinária.

“Eu morava em um condomínio e usava sempre uma camiseta com ‘Medicina Veterinária’. Um vizinho, que morava com a esposa enfermeira, pediu ajuda para dar um remédio ao cachorro. Eu disse que ajudaria quando a esposa dele chegasse do trabalho em casa, por volta das 19h. Por volta de 19h30 cheguei na casa dele e a esposa não estava. Somente depois descobri que a esposa já tinha mudado o horário de plantão dela há duas semanas e ele não me falou isso, na maldade. Depois de dar o remédio, fui saindo, mas ele me atacou, me prendeu pelos braços e começou a tirar minha roupa com a boca”, relata Carolina.

Essa não foi a primeira vez que a estudante viveu uma situação de abuso. Ela contou que também foi agredida sexualmente por um familiar, quando ainda era criança, dos 6 aos 12 anos. O homem ameaçava matar os entes queridos de Carolina para que ela não contasse nada sobre os abusos.

“Eu só lembrei da Carolina de 6 anos, que também não conseguiu gritar por motivos diferentes. Eu consegui tirar uma força que eu não sei de onde veio. Eu consegui escapar pela lateral em um momento que ele se descuidou e levantou o braço e aí eu consegui escapar e fugir”, conta.

Caroline fez uma denúncia para a Polícia Militar. O caso foi registrado como importunação sexual e o agressor também foi denunciado por outras duas jovens. Ainda assim, sua punição foi branda. “Ele nunca foi devidamente punido. Apenas pagou uma multa e teve restrições à noite, enquanto eu continuei enfrentando uma onda de abusos.”, relata.

Fonte: GlowNews

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