Unemat participa da 5ª Conferência Nacional de CT&I em Brasília
Redação
Unemat
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) por meio da reitora, Vera Maquêa, a pró-reitora de Ensino de Graduação, Nilce Maria, o diretor da Agência de Inovação (Aginov), Fernando Selleri e o diretor de Gestão e Mobilidade de Intercâmbio, Ben Hur Marimon, participaram das discussões da elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) durante a 5ª Conferência Nacional de CT&I nos dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto, em Brasília.
A Unemat também esteve presente em parte das conferências preparatórias (conferências livres, municipais, estaduais e regionais), realizadas em todo o Brasil desde dezembro de 2023 com objetivo de promover discussões para a elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI), e ações a serem executadas até 2030.
A Unemat compôs o comitê organizador da Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) 2024, realizada nos dias 26 e 27 de março, em Cuiabá (MT); realizou a 1ª Conferência Livre de Povos Tradicionais, Quilombolas e Indígenas de MT, nos dias 8 e 9 de abril, em Cáceres (MT); marcou presença na Conferência Regional Centro-Oeste, realizada em Goiânia (GO) nos dias 29 e 30 de abril, por meio da pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Áurea Ignácio, e do diretor da Aginov, Fernando Selleri, que contribuíram como palestrantes.
Reitora Vera Maquêa, pró-reitora Nilce Maria, diretor da Aginov, Fernando Selleri
Juntamente com a Unemat, representaram Mato Grosso as instituições de Ensino Superior Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). A delegação mato-grossense contou com a presença do secretário de Estado, Allan Kardec, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), além de outros representantes como o superintendente de Inovação e ex-reitor da Unemat, Rodrigo Zanin.
A 5ª CNCTI, conferência de caráter consultivo, foi importante espaço de diálogo e reflexão sobre o papel da CT&I no país com público recorde de mais de 30 mil pessoas de forma presencial e virtual, lançamento de plano de Inteligência Artificial (IA) e debates sobre temas urgentes. Agora, a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) segue importante como balizadora das políticas públicas estratégicas para o Brasil até 2030.
Conferência teve lançamento de plano de inteligência artificial e debates sobre temas urgentes
Na abertura do evento, o presidente Lula lançou o primeiro Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, que prevê investimentos de 23 bilhões em quatro anos e um supercomputador para o Brasil. Ao longo da conferência, as discussões sobre um país que precisa caminhar para ser cada vez mais inovador, sustentável e justo também envolveram 54 sessões de debates, abertos à participação da audiência remota, nove agendas simultâneas pela manhã e à noite e sete plenárias com os maiores expoentes da ciência nacional.
Foram discutidos temas atuais e urgentes como transição digital, mudanças climáticas, energia renovável, infraestrutura para um novo ciclo de industrialização, financiamento à ciência, entre muitos outros.
Em plenária, especialistas debatem desafios do ensino superior
Em um exemplo da amplitude dos debates, o último dia da conferência foi marcado por discussões sobre diferentes temas urgentes para o país.
Panorama traçado por especialistas na plenária “As universidades públicas no Brasil: presente e futuro” aponta que o Brasil obteve avanços nas últimas décadas, com expansão do número de brasileiros que chegam ao ensino superior. Ao mesmo tempo, ainda está longe dos índices de países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e precisa garantir um fluxo contínuo de recursos às universidades públicas para aumentar a oferta de vagas e reduzir as altas taxas de evasão.
Um dos maiores desafios é formar mais mestres e doutores, passo fundamental para um salto no desenvolvimento do país.
Presidente da Capes, que esteve no evento representando o ministro da Educação, Camilo Santana, Denise Carvalho exibiu um quadro geral da situação do ensino superior, mostrando que atualmente 23% dos brasileiros de 25 a 34 anos acessam as universidades. O percentual, no entanto, ainda fica muito abaixo da média da OCDE, de 47,2%.