Espécie de peixe ‘parente’ das piranhas é descoberta e batizada em homenagem ao Senhor dos Anéis
Redação
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Uma espécie de pacu descoberta foi batizada em homenagem ao vilão Sauron, da saga Senhor dos Anéis, escrita por J. R. R. Tolkien. O animal recebeu o nome de Myloplus sauron por ter uma faixa preta que se assemelha ao olho do personagem ficcional. O estudo, que contou com a participação de Rupert Collins, do Museu de História Natural de Londres, foi publicado na Neotropical Ichthyology no dia 10 de junho.
O pacu é um peixe que é parente das piranhas e se assemelha aos seus “primos” carnívoros, entretanto, se alimenta de vegetais e imagens de seus dentes costumam viralizar nas redes sociais por se assemelharem aos dos seres humanos.
O estudo visava estudar as relações de parentesco entre os pacus e as piranhas, além do estilo de vida dos peixes do Rio Amazonas. Entretanto, quando os pesquisadores passaram a observar o Disk tetra (Myloplus schomburgkii), perceberam que alguns dos peixes catalogados nesta espécie na verdade pertenciam a outras duas.
No primeiro momento, os cientistas não conseguiram localizar um holótipo do Disk tetra, que seria utilizado para comparar o espécime que define a espécie com os outros peixes. Apenas uma ilustração de 1841 foi encontrada.
Após coletarem peixes da América do Sul e compararem seu DNA, os pesquisadores conseguiram definir três grupos genéticos distintos, o Myloplus sauron, schomburgkii e aylan.
Entretanto, algumas das características de cada animal ainda precisam ser definidas. “Encontramos uma população no rio Tapajós em que os peixes tinham uma mancha grande ao invés de uma faixa preta. Apesar de isso poder indicar que se tratava de outra espécie, as evidências de DNA mostraram que poderiam ser apenas uma população distinta”, explica Rupert Collins.
Além disso, conforme o pesquisador, não houve nenhuma evidência que pudesse mostrar se os três peixes descendem de um ancestral em comum ou possuem uma evolução convergente. Apesar de a construção de hidrelétricas poder afetar a população das espécies, isso não representa um grande risco no momento.
Fonte: Istoe/Planeta