O que havia antes do Big Bang? Matemáticos usam teoria de Einstein para responder


Foto: M. Weiss/Harvard-Smithsonian CfA  - Foto: Foto: M. Weiss/Harvard-Smithsonian CfA Concepção artística da evolução do universo, começando com o Big Bang (à esquerda), seguido pelo aparecimento da radiação cósmica de fundo. A formação das primeiras estrelas termina a idade das trevas cósmica, seguida pela formação de galáxias
25/06/2024 às 12:03
Redação

Ciência

Um estudo conduzido por três matemáticos busca desvendar os mistérios que cercam a existência do universo antes do Big Bang. A pesquisa de Ghazal Geshnizjani, do Perimeter Institute, Jerome Quintin, da Universidade de Waterloo, e Eric Ling, da Universidade de Copenhague, foi publicada em outubro do ano passado no Journal of High Energy Physics.

O trio buscou analisar a singularidade – ponto do espaço-tempo em que a curvatura se torna infinita – do período anterior ao Big Bang. A estratégia foi aplicar a Teoria da Relatividade de Albert Einstein para obter o número mais distante no tempo possível. As informações são da Quanta Magazine.

A teoria mais aceita pela comunidade científica atualmente é de que, há 13,8 bilhões de anos, o universo passou a ser “inflado” exponencialmente por uma energia que inverteu a gravidade. O cosmo passou a se expandir aos milhões em frações de segundo.

Ilusão matemática

O estudo do trio de cientistas busca determinar se a singularidade do Big Bang observada até hoje é, na realidade, uma ilusão matemática. Isso porque o ponto pode ser compreendido como uma função de 1/x, enquanto o valor de x se aproxima ao zero. Quando ele chega ao zero, a fórmula não se torna mais bem definida e, portanto, não pode servir como uma base para descrição da realidade.

Entretanto, uma ilusão matemática ocorreria se a singularidade do Big Bang fosse semelhante a observada quando é feita uma análise do meridiano de Greenwich, por exemplo.

Se houvesse uma função de 1/longitude, a fórmula perderia sua definição acima do meridiano de Greenwich, por este representar o ponto zero longitudinal. Entretanto, não há nada de errado com as áreas atravessadas pela linha imaginária e, para rever a situação, basta colocar outra longitude como o ponto zero.

Algo similar já foi observado nas análises matemáticas de buracos negros. Uma das equações feitas em relação a este tipo de astro foi publicada em 1916, por Karl Schwarzschild, e determinava o termo zero, ou seja, a singularidade, no horizonte de eventos.

Porém, anos depois, com o uso de outras coordenadas, o astrônomo Arthur Eddington mostrou que a singularidade seria em outro ponto. E, em contraste, o centro de um buraco negro não pode sofrer tal mudança na análise, o que garante um local em que a densidade e a curvatura são infinitas.

Portanto, a ideia do trio de pesquisadores é observar se a singularidade do Big Bang é como o centro de um buraco negro, ou seja, é o ponto final, ou um horizonte de eventos, e se alteradas as coordenadas, seria obtido outro resultado.

Fonte: Istoe/Planeta

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