O amor está em pequenos hábitos da rotina


Foto: autumnn | Shutterstock / Portal EdiCase  - Foto: Foto: autumnn | Shutterstock / Portal EdiCase O amor está no simples e na rotina
01/06/2024 às 16:42
Redação

Entenda

Acabei de comer um caqui. Pode parecer besteira, mas não é. Toda sexta, passo na feira, no final da manhã e, na época dessa fruta, compro duas caixas de caqui: uma para mim e outra para ele. Alguns dias, combinamos de comer juntos. Então, fazemos uma ligação por vídeo e saboreamos, cada um na sua cozinha, um caqui. Gostamos do tipo que é bem mole, doce e se desfaz facilmente.

Outro dia, pesquisando, descobrimos que se chama caqui de Taubaté. Pode parecer besteira, mas não é. Queríamos descobrir para poder ter uma árvore do tal caqui no quintal da casinha, que vamos comprar em breve, no interior de São Paulo. Um lugar para estar e envelhecer, um ao lado do outro.

Semana passada fomos a um festival de música. Pode parecer besteira, mas não é. Assistimos ao show de uma banda canadense que aprendemos a gostar juntos. Chovia. Usamos as capas de chuva que eu havia comprado meses antes para outro show. Ficamos encharcados, pulamos, cantamos e gritamos como se tivéssemos 15 anos. Temos mais de 50.

Seguimos para a casa dele ainda recitando os versos das canções. Depois de um banho quente, dois sanduíches de salame com queijo frios. Um refrigerante para cada um. Pode parecer besteira, mas não é. O pão usado era fresco. Havia comprado na padaria antes de encontrá-lo, porque sei que ele o adora.

Atos de afeto

Sempre que durmo na sua casa, ele prepara café no coador de pano. O suficiente para duas xícaras. Ele pega duas fatias de pão, as preenche com manteiga e esquenta por tempo suficiente, no forno elétrico, para que fiquem levemente crocantes. Pego a geleia na geladeira e passo na minha fatia. Comemos entre goles de café, sorrindo enquanto nossos olhos se encontram, em pé, no meio da cozinha. Pode parecer besteira, mas não é. 

Marcos é amor maduro. Estamos juntos há dois anos e meio. Ambos colecionamos latinhas ilustradas e corações partidos. Adoramos conversar e beber vinho deitados no chão, olhando as estrelas, mesmo que elas sejam feitas pelo pequeno projetor de luz dos tempos dele de músico de banda. Pode parecer besteira, mas não é. Cultivamos pequenos rituais. Neles, tudo cabe, independentemente da idade, do tempo, do chão da cozinha frio e das nossas vozes desafinadas ao cantar. Nada disso é besteira. Tudo isso é amor. Intenso e bonito. Como se fosse a primeira vez. E talvez seja.

Fonte: Terra

0 comentários


Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados *


Veja mais:


  • Pelando - Botafogo demite técnico Renato Paiva após eliminação no Mundial
  • Geral - Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso provam insetos em viagem pela Tailândia
  • Política MT - Fórum debate saúde digital e integração tecnológica em Mato Grosso
  • Política Brasil - Mauro Mendes critica uso de emendas parlamentares por interesse eleitoral
  • Política MT - SUS em MT pode adotar Mounjaro como alternativa à bariátrica, diz secretário
  • Política MT - Abilio anuncia saída de Cuiabá do Consórcio de Saúde e critica gestão
  • Geral - Virginia Fonseca faz romaria em Trindade após separação de Zé Felipe
  • Mato Grosso - Feminicídios crescem 42% em Mato Grosso em 2025
  • Pelando - Geraldo Luís acusa Rodrigo Faro de ter copiado pauta durante passagem pela Record
  • Geral - Jesus Luz e Carol Ramiro celebram 9 anos da filha Malena com clima de união familiar